O coordenador da Vigilância Epidemiológica, Leonardo Marcolan, informa que o município de Embu das Artes não vive um surto de caxumba, tendo casos isolados, diferente de cidades do interior do Estado que apresentam surtos em uma faixa etária pouco esperada para a doença, ou seja, entre 15 e 30 anos de idade. A doença é mais comum na puberdade.
De acordo com o especialista, em Embu das Artes a vacina contra a caxumba está disponível em todos os postos de saúde para crianças acima de 1 ano de idade – na realidade, para ficar imunizada a pessoa precisa tomar duas doses da vacina.
“A caxumba é uma infecção viral (Vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus) aguda, contagiosa, caracterizada por inchaço e dor entre a orelha e o queixo, de uma ou mais glândulas salivares, geralmente a parótida, e é caracterizada pelo inchaço dos dois lados do pescoço. A pessoa também pode ter febre e perda do apetite”, afirma Leonardo, explicando que existem outras doenças que aumentam (também incham) a mesma região. A transmissão se dá por via aérea, através disseminação de gotículas e secreções (saliva) da boca e garganta, ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas.
O coordenador da Vigilância Epidemiológica, responsável pela vacinação no município, explica que não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgésico, antitérmico e observação cuidadosa, quanto à possibilidade de aparecimento de complicações.
Também chamada de papeira, ele adverte para os mitos que rondam a doença. “Raramente, a caxumba pode causar esterilidade tanto em homens quanto em mulheres. Nas mulheres, pode inflamar os ovários e, nos homens, inflamar os testículos. Isso acontece a 1 ou 2% dos casos para os quais são indicados repouso e orientação médica”, acrescenta.
O atendimento ao paciente é ambulatorial e o tratamento é feito no domicílio. A hospitalização dos pacientes só é indicada para os casos que apresentem complicações graves, como meningites e encefalites. Em geral, não se indica a realização de exames laboratoriais. A grande maioria dos casos tem diagnóstico clínico-epidemiológico.
Prevenção
A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. Os indivíduos de 12 meses ou mais devem tomar duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Os jovens e adultos que apenas tomaram uma dose durante a vida, devem procurar uma unidade de saúde para tomar a segunda dose.
A caxumba não é doença de notificação compulsória, sendo necessária a sua notificação apenas em casos de surtos (escolas, creches, casas de repouso).