A Prefeitura de Embu das Artes por meio da Secretaria de Turismo oferecerá
Encravado no Largo 21 de Abril, coração da cidade e local da famosa feira de artes que há mais de 30 anos atrai milhares de visitantes brasileiros e estrangeiros, o Centro Cultural ocupa o histórico prédio da prefeitura. Nele, o público tem à disposição três salas para exposições e um auditório com capacidade para 150 pessoas destinado a palestras, recitais, espetáculos musicais e teatrais.
Três mostras inaugurais de grande relevância artística foram montadas. O objetivo da Prefeitura, através da Secretaria de Turismo, é resgatar as trajetórias de artistas plásticos precursores do movimento artístico da cidade e apontar tendências da atual produção do município. A Sala Josefina Azteca abriga a mostra "50 artistas de Embu das Artes", composta por pinturas e esculturas de pioneiros artistas locais como Tadakio Sakay – que teve entre seus alunos Tomie Ohtake – Agenov, Mestre Gama e Solano Trindade, grande poeta negro do Brasil. Obras de figuras da nova geração também integram a mostra, dentre elas Sarro, Adelino, Paulo Flores, José Manoel, Correra & Gonda, Alberto Lefèvre e outros.
Na Sala Ana Moysés estão reunidas obras do renomado pintor e escultor ítalo-brasileiro Elvio Becheroni que na década de 80 radicou-se no Brasil, mantendo ateliê no Embu até o seu falecimento, em 26 de fevereiro de 2000. Suas peças encontram-se em importantes coleções particulares, em museus da América Latina e de vários países, destacando Alemanha, Bélgica, Itália, Rússia, Iugoslávia e Estados Unidos. Os visitantes podem conhecer mais sobre a vida e a obra do artista por meio dos livros expostos Becheroni Escultor e Becheroni Pintor, escritos pelo crítico Jacob Klintowitz.
Completando a mostra, a Sala Jaldo Jones traz a memória artística da cidade que estava praticamente perdida. Integram a exposição obras que precisam de restauro, resgatadas pela prefeitura de Embu junto ao governo do Estado e a colecionadores particulares. Entre elas, peças de Josefina Azteca, Cássio M´Boy, Tadakio Sakay e do próprio Jaldo Jones.
O auditório Cássio M’Boy tem como um dos destaques de sua programação o projeto "Porque Hoje é Sábado". Fazem parte das atividades recitais semanais de poesia com a participação de diversos autores e intérpretes. Comemorando a abertura do espaço, o público lotou o auditório para assistir a performance do músico Marcus Santurys acompanhado do percussionista Mestre Caçapava. Clenir Belezzi e Axé realizaram um sarau de poesia, encerrando a noite de festa.
A inauguração foi marcada também pelas apresentações ao ar livre do Quinteto de Metais e do Coral Municipal Cantares ao Meu Povo. Assistido por centenas de pessoas, o grupo vocal regido por Vilma Abandanzo cantou das sacadas do prédio um eclético repertório: do popular baião à erudita 9ª Sinfonia de Beethoven. De acordo com a Secretaria de Turismo, apenas em seu primeiro fim de semana o Centro Cultural recebeu mais de 5500 visitantes.
O novo marco artístico-cultural do município conta ainda com a tenda "Embu das Artes ao Vivo". Instalada em frente ao próprio Centro, nela artistas do município montaram uma extensão de seus ateliês, possibilitando ao público acompanhar em tempo real todo o processo criativo de pintores, escultores, ceramistas e forjadores. Atrair para o Centro Cultural a população da Estância Turística de Embu e seus visitantes é um dos principais objetivos do governo municipal. Segundo o prefeito Prefeito, através desta iniciativa a prefeitura constitui na cidade um centro de referência para que o povo receba o que lhe é de direito: cultura.