A Grande São Paulo agora tem uma rota de cicloturismo com cerca de 315 quilômetros de extensão, que percorre 8 municípios dentro de um dos mais importantes biomas da floresta tropical brasileira: o “Circuito Mata Atlântica” – que foi lançado oficialmente na sexta-feira (18/8) no Hotel Terras Altas, em Itapecerica da Serra, pelo Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (Conisud).
Situado a 30 quilômetros de distância do centro da cidade de São Paulo, o Circuito está próximo a áreas de proteção ambiental e mananciais, sendo assim um privilegiado território permeado por parques, bosques, florestas de mata nativa, nascentes, rios e cachoeiras, além de sítios produtores de alimentos e de produtos agroflorestais. No entorno, há também inúmeros atrativos turísticos, religiosos, culturais e gastronômicos presentes nas cidades. A iniciativa irá fortalecer uma cadeia composta por ciclistas, ecoturistas e atividades econômicas que irão gerar renda e fomentar o desenvolvimento regional sustentável.
O mapeamento e a implantação de sinalização vertical personalizada, ao longo dos trechos, proporcionarão conforto e segurança aos usuários que contarão com placas e totens de madeira indicando a direção para os ciclistas pedalarem, entre outras informações.
O formato do Circuito é circular e começa no município de Cotia, no Parque Cemucam – reconhecido como local emblemático para o mountain bike nacional. Na sequência, a rota segue para as cidades de Vargem Grande Paulista, Ibiúna, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Embu das Artes e retorna ao ponto de origem (Cotia – Cemucam). Porém, o ciclista pode escolher qualquer ponto do Circuito para iniciar a trilha. O tempo médio para percorrer todo o trajeto é de 5 dias, com trechos de pequena, média e alta complexidade.
Elaboração do Circuito
Segundo a secretária executiva do Conisud, Brígida Sacramento, a região, conhecida por suas belas trilhas em meio à Mata Atlântica, teve sua movimentação intensificada após a pandemia. “Percebemos que a circulação aumentou, sobretudo de ciclistas que buscavam partes do atual circuito como um escape aos finais de semana. A partir daí, juntamos os municípios para conversar sobre o que poderíamos fazer para oferecer um trajeto mais estruturado e atrativo para os cicloturistas”, explicou ela.
O Circuito Mata Atlântica é fruto de um trabalho elaborado por setores públicos e privados, envolvendo as prefeituras do Conisud e várias organizações, como Sebrae, Aliança Bike, Rede Trilhas, grupos de empresários e investidores privados como a Sincoplastic e entidades como a ACISE. “Foi o esforço coletivo que acelerou o processo e mitigou alguns riscos. Testamos as trilhas algumas vezes e em diversos pontos. Já temos uma sinalização implantada e que vai ganhando sofisticação ao longo do tempo”, acrescentou Sacramento.
“A iniciativa será um propulsor de desenvolvimento socioeconômico com responsabilidade ambiental”, acredita o vice-prefeito de Embu das Artes, Hugo Prado. “O circuito destacará toda a região e, em Embu das Artes particularmente, os turistas terão a oportunidade de conhecer outro lado do município, além da já reconhecida Feira de Artes e Artesanato e os prédios históricos, que é sua vasta área verde”, completou ele, que contou com a presença do secretário de Turismo de Embu das Artes, Rogério Castro, e sua equipe no evento.
Já o presidente do Conisud, o prefeito de Juquitiba, Ayres Scorsatto, acredita que projeto irá gerar muita movimentação não só ao turismo, mas também a muitos muitos setores da economia, aliado à necessária preservação ambiental. “A região é o pulmão da Grande SP e temos a obrigação de cuidar da natureza para as próximas gerações”, disse ele.
Estiveram presentes no evento, prefeitos, vice-prefeitos e representantes dos municípios, orgãos dos governos estaduais e federal, empresas e entidades.
O Conisud é um consórcio composto pelas cidades de Embu das Artes, Taboão da Serra, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, São Lourenço da Serra, Juquitiba, Cotia e Vargem Grande Paulista.
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