Pelo segundo ano consecutivo, Embu das Artes participou do “Circuito Sesc de Artes – Conectando lugares, circulando ideias”. Realizado pelo Sesc São Paulo, o grupo de artistas se apresentou para mais de 250 pessoas, levando artesanato, cinema, literatura, apresentações circenses, teatro, dança e shows musicais.
Apesar do calor intenso da tarde de outono, as atividades foram muito procuradas por crianças, jovens e adultos. O Clube do Bordar, que visa colocar em prática ideias que fogem dos temas tradicionais e abordam experiências pessoais de cada um, era um dos mais cheios e disputados. Todos queriam aprender as técnicas do bordado, como Luigi Gomes Costa, 10, que viu a mãe bordando e se interessou: “Vim com ela e achei bem interessante, por isso resolvi aprender. Achei super gostoso e relaxante”, disse o menino.
“Sempre tive curiosidade em saber como era bordar. Estou amando, essa é uma iniciativa incrível”, falou Francielle Muniz de Oliveira, 19, moradora de São Vicente, na Baixada Santista.
Enquanto uns participavam das atividades, outros observavam o movimento. “Sempre venho ao parque, e na semana passada vi a propaganda de que haveria essas atividades do Sesc. Estou gostando muito”, falou Daniela Romão, 33, moradora de Itapecerica da Serra e mãe da pequena Heloísa, 6, que participava da leitura de livros para crianças.
O grupo Matula Teatro apresentou os Jogos Cortezianos, peça interativa e de intervenção no espaço percorrendo o parque. Às 16h30, o Jongo do Grupo Sambaqui, ecoou pelo parque com seus atabaques e cantigas. Mais tarde, já com o tempo mais fresco, foi a vez dos espanhóis da Cia. Infoncundibles apresentarem o Diabolô Classic Metal, que com malabarismo, música e humor arrancaram aplaudos da plateia.
A noite foi encerrada com a apresentação de Francisco, El Hombre, banda brasileira , que utiliza a mistura de sonoridades latino-americanas, passeando pelo coco, maracatu, salsa, samba e ciranda. O público saiu do chão com as composições dos irmãos mexicanos Sebastian e Mateo Piracés, que tocam junto com outros amigos brasileiros. “Nossa música é de vocês! Dancem”, pedia o vocalista Sebastian.
“Isso é o resultado de uma parceria que começou há dois anos, agora, Embu das Artes entrou em definitivo para o circuito, isso nos orgulha”, disse o secretário de Cultura, Alan Leão do Reis.
O circuito
No Circuito Sesc de Artes, as cidades tornam-se palco de espetáculos e intervenções artísticas nacionais e internacionais. Nas praças, ruas e parques entram em cena a graça dos palhaços, a beleza e a leveza dos bailarinos, as personagens do teatro ocupando o espaço público, as novas e as antigas sonoridades dos compositores e instrumentistas, a arte dos malabaristas, acrobatas e tantos outros mestres do circo criando suspense e fazendo rir, as novas sensibilidades criadas pelos artistas multimídia, a poesia viva das histórias e memórias de cada canto do estado e a magia do cinema que abre portas a um universo de sensações.
Com uma programação gratuita e voltada para todas as idades, este ano serão 114 cidades, 12 roteiros, 311 artistas, 67 trabalhos artísticos, mais de 800 apresentações em 627 horas de programação, comprovando a grandiosidade do projeto.
Ouça a opinião de quem participou:
Sebastian Piracés (músico)
Mateo Piracés (músico)
Silvana Maria de Castro (moradora de Cotia)