Projetos como cursos
de extensão da Unifesp, lousas digitais, laboratórios de ciência e informática
são aprovados pelo Programa de Intercâmbio Brasil–EUA
Num momento em que a presidenta Dilma Roussef assina a lei
que cria o campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), dá gosto
ouvir uma visitante estrangeira, especialmente dos Estados Unidos, com a melhor
universidade do mundo, Harvard, dizer: “Incrível. Nos Estados Unidos a
universidade é paga. É fantástico vocês promoverem o ensino gratuito”. A
declaração é da professora Helen M. Fisk, diretora da Global Academy, de
Minnesota, no Mississippi, EUA, que visitou a cidade e a Escola Municipal Profª
Valdelice Aparecida Medeiros Prass, no Parque Pirajuçara, em 10/8.
A professora percorreu todas as dependências do complexo
educacional Valdelice Prass, escola de mil estudantes e 4 mil m² de área, equipada com biblioteca,
laboratórios de ciências e informática, salas multiuso e brinquedoteca, teatro
e ginásio de esportes, obra entregue à população em 2009. Ela se encantou com
as lousas digitais, que chegaram às salas de aula da escola em que leciona, nos
Estados Unidos, em 2008 e às escolas municipais de Embu das Artes em 2010,
sensibilizou-se com a aula de balé gratuita para as crianças, talvez por saber,
pela convivência com o marido, que é bailarino, o quanto esse gênero de dança é
restrito à maioria da população.
No Campus de Extensão da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), instalado no Valdelice, Helen viu o vídeo com as obras da
universidade no Parque da Várzea do Embu Mirim e mostrou-se atenta às
informações sobre cursos, incluindo aqueles abertos à terceira idade. Durante a
visita, a professora foi informada sobre as atividades voltadas para a educação
de jovens e adultos. Porém, a maior parte do tempo foi dedicada à educação
infantil. Ela percorreu cada sala de aula, ateve-se aos programas, conversou
com alunos e professores, foi à biblioteca, ao laboratório e ao ginásio, onde assistiu
a uma apresentação de hip hop de adolescentes, com os quais conversou. No
teatro do Valdelice ela assistiu à apresentação das crianças, conversou,
brincou, distribuiu lápis e posou para fotos.
Intercâmbio Brasil–Estados
Unidos
A visita de Helen Fisk ao Brasil – ela também visitou Taboão
da Serra, em São Paulo, e escolas em Santa Catarina – faz parte do
Programa de Intercâmbio Brasil–Estados Unidos de Diretores Escolares, que é uma
parceria entre a Embaixada Americana e o Conselho Nacional de Secretários de
Educação (Consed). Também faz parte desse intercâmbio o Prêmio Nacional de Gestão Escolar,queconta com parceria da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e neste ano
encaminhará um representante de cada Estado do País aos Estados Unidos. A
seleção das escolas concorrentes no Estado de São Paulo foi realizada com
participação da professora Lídia Balsi,
da Secretaria de Educação, do Governo da Cidade de Embu das Artes, como representante das cidades paulistas, por meio da Undime.
Para saber mais sobre o sistema de ensino de Embu das Artes
e outros locais que visitou, a professora conversou com diretores, educadores
e, demoradamente, com as crianças, no tempo em que permaneceu no Valdelice. Ao
fim de sua visita a Embu das Artes, Helen Fisk declarou: “Esta é uma escola
bonita, com boa estrutura física. A decoração nas paredes, os quadros
interativos, as salas de aulas foram bem trabalhados. E o que mais me
impressionou foi encontrar crianças tão felizes.” Quando perguntada sobre o que
deve ser feito para atrair e manter crianças na escola, disse: “O importante é
o aluno querer estar na escola”. Quanto à forma de educar, sinalizou: “Acredito
que quanto mais se educa os pais mais as crianças serão educadas”.