Conisud debate Desenvolvimento Econômico e Social

23/09/2011 - 0:00
Conisud debate Desenvolvimento Econômico e Social
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O Seminário de Desenvolvimento Econômico e Social do Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (Conisud), realizado em 16/9, em Embu das Artes, foi um sucesso. Contou com o comparecimento de políticos, empresários, profissionais e interessados, que ouviram palestras e debateram sobre questões comuns aos municípios que compõem o consórcio. O encontro mostrou que as soluções mais eficientes para as cidades são conjuntas, porém com diferenciais, nem sempre individuais de cada cidade, mas fundamentais para o desenvolvimento do Conisud. 

Na abertura do seminário, o presidente do Conisud, Prefeito (prefeito de Embu das Artes), destacou a importância do encontro, especialmente quanto à questão social. Lembrou que embora a presidenta Dilma Rousseff tenha se encontrado com governadores para falar do plano Brasil sem Miséria, destinado a melhorar a vida de 16,2 milhões de pessoas com renda per capta mensal de até R$ 70, lançado em junho, o governo paulista nem tocou no assunto pobreza. Elogiou a atuação do deputado estadual Prefeito na defesa do crescimento econômico e social na região, na Assembleia Legislativa paulista. “Tem de haver três dimensões: econômica, social e ambiental, para um desenvolvimento sustentável”, declarou o presidente do Conisud. 

As Câmaras Técnicas do Conisud – Saúde, Educação, Desenvolvimento Regional, com as subcâmaras Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Social e Infraestrutura, Meio Ambiente, com as subcâmaras Saneamento e Resíduos Sólidos – foram criadas em maio deste ano, no Seminário de Políticas de Desenvolvimento Regional. Com o Seminário de Desenvolvimento Econômico e Social, as Câmaras Técnicas fecham um ciclo. Agora todas já realizaram o seu primeiro seminário para discussão dos temas que abordam e isso apenas quatro meses depois de criadas. Para Prefeito é preciso buscar o consenso entre as cidades, não do ponto de vista isolado, mas conjunto. “É legítimo cada segmento desenvolver seu ponto de vista, mas para um desenvolvimento sustentável ninguém vai chegar sozinho. É preciso haver um consenso”, disse.

“Tem uma característica da região que não se pode perder que é a do turismo. Não chegamos ainda a um projeto mais elaborado. Embora tenha indústria e comércio, a maioria da região é área de preservação ambiental, a ser explorada do ponto de vista do turismo. Tem de desenvolver políticas sociais dentro dos municípios com direção focada em áreas que já têm aglomeração, com projeto de moradia, de desenvolvimento social em núcleos que já têm aglomerado. É preciso um projeto de desenvolvimento social para a região”, declarou o deputado estadual Prefeito.

Ações conjuntas

Realizado com o objetivo de contribuir com as ações regionais a serem desenvolvidas pelo Conisud, o Seminário de Desenvolvimento Econômico e Social incluiu o painel Desenvolvimento Regional Sustentável, com os temas: Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano Regional, do arquiteto e urbanista Nabil George Bonduki, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, e O Desenvolvimento Regional e o Papel dos Consórcios de Municípios Diante da Agenda de Crescimento Sustentável do Brasil, de Renato Nabas Ventura, coordenador acadêmico de Programas e Projetos Sociais da Pró-reitoria de Extensão (Proex), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Nabil Bonduki declarou que a sua pasta está se transformando e se estruturando para pensar a questão urbana, que não tem posição que merece no Ministério do Meio Ambiente. Falou de mudanças climáticas, com microclimas que têm agravado enchentes e desastres várias vezes ao ano, de áreas verdes, Áreas de Proteção Permanente (APP) urbana, que “precisam de legislação própria para desastres materiais e ocupação”, e das APPs rurais, “em discussão”. Destacou temas importantes, como o de resíduos sólidos: “Uma das propostas é estimular a formação e estruturação dos consórcios para política de resíduos sólidos”. E declarou: “O desafio é pensar uma política de desenvolvimento com crescimento, inclusão e preservação ambiental. O nosso modelo é excludente e prejudica o ambiental.” 

Renato Nabas enfatizou na sua palestra: “A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) terá papel preponderante nesse processo”. A universidade, com campus de extensão em funcionamento e sede sendo construída no Parque da Várzea em Embu das Artes, como em outros campus, tem projetos de incubadoras tecnológicas, formação de profissionais em áreas necessárias ao desenvolvimento da região, já que os cursos são oferecidos com essa visão, e é importante centro de pesquisa.

Autoridades presentes

Compareceram ao encontro o prefeito de Embu-Guaçu, Clodoaldo Leite da Silva; a secretário do Meio Ambiente de São Lourenço da Serra, Jumara Bocato; a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda de Taboão da serra, Jacira Moreti Iamundo; o diretor da Secretaria de Meio Ambiente de Itapecerica da Serra, Marcos de Souza; o presidente da Associação Comercial de Embu-Guaçu (Assemeg), Euclésio Bragança; a diretora de Turismo de Juquitiba, Alline Cassetari; o deputado estaudal, Prefeito; a vereadora do Embu-Guaçu, Lídia Nimoi; da Sociedade Ecológica Amigos do Embu, Leandro Dolenc; e outros.

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