Os dados são da Divisão de Zoonoses, da Secretaria Estadual da Saúde: 75% dos municípios paulistas estão infectados com o mosquito Aedes Aegypti, que provoca a doença da dengue. A extensão do problema fica ainda maior com a divulgação de que o estado de São Paulo atingiu o coeficiente de 17.6% de mortes por dengue hemorrágica, o tipo de dengue mais grave, e o país ficou com o percentual de 8,7%. Ambos muito acima do índice aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 2%.
Os dados foram relatados pela médica infectologista Ruth Moreira Leite, da Direção Regional de Saúde, durante reunião na quarta-feira, 22/11, no Centro Cultural Embu das Artes, com representantes de 15 cidades que integram a região Sudoeste da Grande São Paulo para discutir os aspectos clínicos e o tratamento da Dengue.
Também presente ao evento a dra. Shizuko Nishimura, que faz a interlocução entre os municípios e o Programa de Controle da Dengue, da Gerência Regional de Osasco (DIR-5), da Secretaria Estadual de Saúde. A Dengue passou a ser doença monitorada pela secretaria em 2002. Segundo ela, não existe a possibilidade em futuro imediato de nenhuma vacina eficaz e segura para a doença e a prevenção deve ser baseada no controle do vetor, ou seja, eliminando o mosquito.
Com a chegada do verão o problema se agrava. Segundo as médicas, a Baixada Santista está entre os 10 municípios paulistas com maior índice de mosquitos. Depois das férias, eles brincaram, eles exportam os turistas picados para os demais estados. "A gravidade é cada vez maior e a pessoa que ao voltar de férias apresentar alguns dos sintomas da dengue deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa", orientam. Também é aconselhável o uso de repelentes que podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.
Atenção aos sintomas da dengue que podem ser confundidos com os da gripe: febre alta, fortes dores nas juntas e no fundo dos olhos e muito cansaço. Em alguns casos, aparecem manchas avermelhadas no corpo. Havendo um ou mais desses sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima. É recomendado que a pessoa fique em repouso, beba bastante líquido e não tome remédio sem consultar o médico.
Embu faz combate e informa população
No dia 18/11 – Dia Nacional de Combate à Dengue – a Prefeitura de Embu esteve nas áreas do Jardim Casa Branca, São Luiz e Santa Tereza, onde em 2006 foram detectados pela Vigilância Epidemiológica 222 casos de dengue. A epidemia foi controlada, mas a ação de combate ao mosquito tem de ser diária. Uma equipe de 30 agentes do Centro de Controle de Zoonoses visitou 300 residências, vedou 95 das caixas d´água, distribuiu 2.500 saquinhos de areia para vasos de plantas e 6.500 panfletos educativos em supermercados, feiras livres, semáforos e durante o festival de basquete de rua na quadra do Jardim Santa Emília.
O atendimento à população continua a partir da solicitação feita por munícipes, visitas diárias e identificação de criadouros. Em condições ideais de temperatura, o ciclo de reprodução do mosquito da dengue leva de sete a 10 dias, do ovo até virar mosquito adulto. Essas ações serão estendidas para os demais bairros do município ao longo do verão 2006/2007.
A partir do mês de dezembro, a Prefeitura intensificará a campanha de informação e mobilização social de combate diário e permanente à dengue com divulgação na mídia local, chamadas em carros de som que percorrerão os bairros, outdoors e matérias e anúncios nos jornais, sobre prevenção à Dengue. A Prefeitura disponibilizará também folders, cartazes e banners. A campanha visa criar o envolvimento da sociedade na manutenção do ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do mosquito causador da doença.
Mais informações, ligue Ouvidoria da Saúde – 4785-3530 ou 4241-6998 ou Disque Serviços da Prefeitura: 0800-7730005