Dia do Índio é celebrado com tributo

23/04/2009 - 0:00
Dia do Índio é celebrado com tributo
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Teve início na noite de 16 de abril o Tributo ao Índio, no Centro Cultural Mestre Assis de Embu, uma iniciativa do Governo da Cidade de Embu das Artes para homenagear os indígenas brasileiros e os fundadores da aldeia de M’Boy. A mostra de fotos inéditas e a exposição temática registrando a arte, utensílios, alimentos e modo de vida com peças do acervo do indigenista Walde-mar de Andrade, diretor do Museu do Índio de Embu, estarão abertas à visitação até o dia 28, das 9h às 18h. A abertura do evento teve a apresentação do casal de índios calapalo, Konué e Kanualu, demonstrando danças, vestimentas, adornos e artefatos da tribo da região do Xingu.

Organizado pela Secretaria de Cultura, o evento anual é dedicado a promover a reflexão sobre a condição indígena no Brasil e faz parte de uma programação que se estende a outras atividades pelo município, divulgando peculiaridades e conscientizando crianças, jovens e adultos sobre como reconhecer a influência dessa cultura na sociedade atual. “Esse momento de festividade também é oportunidade para sensibilizar a todos a respeito da causa do índio do Brasil”, declarou o secretário Paulo Oliveira.

Caldinho de Mandioca

Várias danças foram apresentadas por Konué acompanhado pela mulher Kanualu e pelo amigo Walde-mar, usando diferentes instrumentos musicais, adornos imitando animais e vestimentas de celebração à natureza. E houve momentos de plena interação quando o público foi convidado a participar de algumas das danças. Outra atração do evento foi a degustação de comidas típicas com caldinho de mandioca, tapioca, milho cozido e outras iguarias da culinária indígena e que já fazem parte do cardápio da família brasileira.

“É importante mostrar detalhes da vida do índio para se valorizar e adaptar para a vida da cidade. Os conceitos de sustentabilidade, por exemplo, são praticados na rotina diária das tribos, mas só atualmente está em discussão na sociedade moderna”, disse Walde-mar de Andrade. Ele destaca ainda a cultura da ação coletiva, comum a todas as tribos, e que promove a não-violência, que os índios aprendem desde crianças.

A abertura da exposição foi prestigiada por populares, comerciantes e personalidades locais, entre eles a artista plástica Raquel Trindade, a Kambinda, do Teatro Popular Solano Trindade que declarou: “A exposição está ótima, com imagens fortes dos índios e que retratam o quanto são saudáveis e guerreiros, exemplos para qualquer povo”.

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