Todos os anos, no dia 18 de maio, a Secretaria de Desenvolvimento Social, através do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, realiza ações no enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
A data foi escolhida como dia de mobilização contra a violência sexual porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. A proposta do “18 DE MAIO” é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao desenvolvimento integral de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual.
A flor de cor amarela representa a lembrança dos desenhos da primeira infância, além de associar a fragilidade de uma flor com a de uma criança.
Então, todas as vezes que você ver este símbolo lembre que há pessoas engajadas no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes!
Você sabe qual a diferença entre abuso sexual e exploração sexual?
ABUSO SEXUAL |
EXPLORAÇÃO SEXUAL |
Caracteriza-se por qualquer ação de interesse sexual de um ou mais adultos em relação a uma criança ou adolescente, podendo ocorrer tanto no âmbito intrafamiliar – relação entre pessoas que tenham laços afetivos, quanto no âmbito extrafamiliar – relação entre pessoas desconhecidas. Indiferente do consentimento ou não da criança, o ato é crime! |
Caracteriza-se pela relação mercantil, por intermédio do comércio do corpo/sexo, por meios coercitivos ou não, e se expressa de quatro formas: pornografia, tráfico, turismo sexual e prostituição (expressão inadequada pois crianças e adolescentes não se prostituem e sim são exploradas). |
Como você pode prevenir o abuso sexual infantil?
Converse com a criança sobre as partes íntimas do corpo: As crianças precisam saber nomear corretamente as partes do corpo e identificar o que é íntimo, para assim, poderem relatar aos pais, ou pessoa de confiança, quando algo fora do comum acontecer. Ensine ao seu filho o nome correto de todas as partes do corpo e explique sobre as partes íntimas, ensinando que ninguém poderá tocar nessas regiões e nem as ver, apenas os pais quando forem dar banho ou trocar de roupa.
Explique sobre os limites do corpo: Ensine a criança a não permitir que ninguém toque as suas partes íntimas, ou ainda, que ela não toque nas partes íntimas de nenhuma pessoa, seja ela conhecida ou desconhecida. Alerte a criança para possíveis artimanhas usadas pelos abusadores, como trocar carícias por doces, apresentar um “cachorrinho” e assim por diante.
Incentive a criança a conversar com você: É preciso que o seu filho se sinta seguro para lhe contar qualquer coisa, inclusive uma situação de abuso. Muitas vezes, os abusadores pedem às crianças para manterem o ocorrido em segredo, seja ameaçando-a ou de maneiras lúdicas. Se o seu filho for ensinado que segredos não são coisas boas e que ele sempre poderá (e deverá) contar a você tudo o que acontece, será mais fácil de identificar uma situação de abuso. Lembre-se que essa relação de confiança é muito importante e, por isso, a criança NUNCA deverá ser punida, criticada ou castigada por contar qualquer coisa sobre o seu corpo.
Saiba com quem seu filho anda e o que ele está fazendo: Muitos dos casos de abuso infantil acontecem quando uma criança passa horas sozinha com um adulto, que pode ser um membro da família ou um conhecido. Por isso, saiba o que seu filho está fazendo mesmo na sua ausência. Se for preciso deixá-lo por horas com um adulto ou um adolescente responsável, tenha meios de vigiá-los por um tempo para saber como é esta relação. O melhor é sempre preferir situações nas quais seu filho integre-se a um grupo, pois isso dificulta a ação de abusadores.
Todos os dias crianças e adolescentes são vítimas de abuso e exploração sexual, porém, este é um assunto difícil de ser tratado, justamente pelos tabus que o cercam, pelo preconceito e pelo silêncio das vítimas – que nem sempre compreendem exatamente o que está acontecendo com elas – e também das famílias que sentem “vergonha” ou não sabem como lidar com a situação. Esse silêncio que permeia o tema torna difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real.
Faça a sua parte, não fique indiferente!
Neste ano, conjuntamente a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Secretaria Municipal de Educação, está nesta campanha de Combate ao abuso e Exploração Sexual, enviando informativo as famílias da rede municipal de Educação. Bem como, o CREAS divulgando online para diversas famílias e instituições.