O município de Embu sedia na quarta-feira, 22/11, das 8 às 13h, uma reunião da Secretaria Estadual de Saúde (DIR-5) que reunirá representantes de 15 cidades que integram a região Sudoeste da Grande São Paulo para discutir os aspectos clínicos e o tratamento da Dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue. O Estado de São Paulo registra 43.407 casos da doença neste ano. No Brasil são cerca de 280 mil casos. Com a chegada do Verão, é importante que todos os brasileiros, se conscientizem sobre o problema e o combatam diariamente.
No 18 de novembro – Dia Nacional de Combate à Dengue – a Prefeitura de Embu estará nas áreas do Jardim Casa Branca, São Luiz e Santa Tereza, onde foram detectados casos de dengue este ano. Uma equipe de 30 agentes do Centro de Controle de Zoonoses visitará as residências e fará a vedação das caixas d´água, das 8 às 17h. Essas ações serão estendidas para os demais bairros do município ao longo do verão 2006/2007.
Segundo a Vigilância Epidemiológica de Embu, em 2006 foram confirmados 222 casos no município, mas a epidemia foi controlada com ações da Prefeitura no local, como distribuição de panfletos educativos, saquinhos de areia para vasos, visita a residências à procura de novos focos, limpeza de cemitérios e terrenos baldios, colocação de telas em caixas d´água, utilização de larvicidas e palestras. A Secretaria da Saúde adverte, porém, que se todas as cidades e cada pessoa não trabalharem contra a proliferação do mosquito, o esforço de um município não vai adiantar, pois os mosquitos se deslocam por grandes distâncias. Vale lembrar que a campanha de combate à dengue tem caráter permanente na cidade de Embu e que durante os meses de abril a setembro, a campanha Cidade Limpa, Gente Saudável realizou a limpeza de todos os bairros da cidade para eliminar focos e criadouros de mosquitos e ratos, recolhendo todos os materiais que possam contribuir para a disseminação de doenças como dengue e leptospirose. Foram feitos serviços de roçagem, capinagem, varrição, tapa-buraco, pintura de guias e sarjetas e aplicação de raticidas. E caminhões da Prefeitura recolheram entulhos dispensados pela população.
A partir do mês de dezembro, a Prefeitura intensificará a campanha de informação e mobilização socal de combate diário e permanente à dengue com divulgação na mídia local, chamadas em carros de som que percorrerão os bairros, outdoors e matérias e anúncios nos jornais, sobre prevenção à Dengue. A Prefeitura disponibilizará também folders, cartazes e banners. A campanha visa criar o envolvimento da sociedade na manutenção do ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do mosquito causador da doença.
Combate diário
Para evitar focos da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti não deixe água acumulada, mantenha caixas d´água limpas e tampadas, garrafas e baldes devem estar secos e com as bocas viradas para baixo.
Atenção aos sintomas da dengue que podem ser confundidos com os da gripe: febre alta, fortes dores nas juntas e no fundo dos olhos e muito cansaço. Em alguns casos, aparecem manchas avermelhadas no corpo. Havendo qualquer sinal desses sintomas, procure a unidade de saúde mais próxima. É recomendado que a pessoa fique em repouso, beba bastante líquido e não tome remédio sem consultar o médico.
O grande problema para combater o mosquito Aedes aegypti é que sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas. Por exemplo: caixas d’água, barris, tambores, vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, tanques, cisternas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores e muitos outros onde a água da chuva é coletada ou armazenada.
Portanto, considerando essa facilidade de disseminação, podemos imaginar o grau de dificuldade para efetivamente combater a doença – o que só é possível com a quebra da cadeia de transmissão, eliminando o mosquito dos locais onde se reproduzem. Assim, a prevenção e as medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a comunidade a partir da adoção de medidas simples, visando a interrupção do ciclo de transmissão e contaminação. Caso contrário, as ações isoladas poderão ser insuficientes para acabar com os focos da doença. Na eventualidade de uma epidemia de dengue numa comunidade ou município, há a necessidade de serem executadas medidas de controle como o uso de inseticidas aplicados através de carro-fumacê ou nebulização, para diminuir o número de mosquitos adultos transmissores e interromper a disseminação da epidemia. Nessa oportunidade, a comunidade deve cooperar com o processo de nebulização, mantendo as portas e janelas das casas abertas, de modo a permitir a entrada do inseticida.
Como evitar picadas
Espirais ou vaporizadores elétricos : Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.
Mosquiteiros : Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.
Repelentes : Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.
Telas : Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.
Mais informações, ligue Ouvidoria da Saúde – 4785-3530 ou 4241-6998 ou Disque Serviços da Prefeitura: 0800-7730005