A Prefeitura de Embu das Artes, por meio da equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizou palestra sobre a dengue e a chikungunya para os 850 funcionários da empresa Total Química no dia 27/3, na própria empresa. O Departamento Técnico em Segurança do Trabalho e o de Recursos Humanos da empresa solicitaram a palestra afim de informar os trabalhadores sobre as doenças que atingem todo o estado.
“Procuramos a Prefeitura e o CCZ pois estamos preocupados com esse surto, mas queríamos passar as informações para nossos colaboradores de forma correta. Infelizmente, estamos com dois funcionários afastados por conta da doença e outros dois retornaram de licença médica por esse motivo essa semana”, conta a técnica em Segurança do Trabalho, Tatiana de Oliveira.
Os funcionários foram divididos em grupos para assistir às seis apresentação de slides organizadas pela equipe do CCZ. A palestra mostrou os possíveis criadouros, como calhas, pneus, plantas aquáticas, tampinhas de garrafa e até casca de ovos. Foi falado também sobre os reservatórios de água e da necessidade de mantê-los tampados.
A equipe do CCZ orientou aos funcionários que, em caso do suspeita de dengue, o melhor é procurar a UBS mais próxima de casa. “O médico do pronto-socorro não tem muito tempo para ouvir o paciente. Na UBS, o profissional poderá fazer um atendimento melhor e mais completo”, disse a agente Neusa dos Anjos.
No entanto, o que mais deixou perplexo os funcionários foram as imagens de pessoas com os tipos mais graves da doença: “Estou chocado! Minha mãe teve dengue, mas não sabia que haviam vários tipos. Nunca imaginaria que uma casca de ovo pode ser criadouro”, disse o analista de Planejamento Financeiro, Daniel Devescovi, 27.
A analista de RH, Mariana Azevedo Carvalho, 30, teve dengue hemorrágica e falou de sua experiência: “Eu achei que ia morrer de tanta dor que sentia no corpo todo. Tive a dengue hemorrágica e passei muito mal. Hoje sou muito mais atenta com o meu ambiente”.
“Achei muito interessante o pessoal do CCZ ter vindo até nós. Tem muita coisa que nem imaginamos como criadouro”, explicou Rodrigo Lopes, 32, coordenador Industrial.
Tatiana contou que a empresa está fazendo sua parte: “Todo o pessoal da limpeza está participando das palestras do CCZ. Vamos fazer uma varredura em todos os galpões, além de colar os cartazes sobre a doença, contratar uma empresa para fazer o controle de pragas e passar o fumacê por todos os ambientes da empresa”.