A exposição fotográfica Mulher Negra – Cultura e Protagonismo chega à Rodoviária de Embu das Artes. Foi idealizada como parte de um grande projeto com foco na promoção da autoestima da mulher negra através de imagens, nas quais ela é referência. A proposta é também desconstruir um padrão de beleza vigente, mostrar a beleza da mulher negra e a necessidade de conscientização de jovens e crianças quanto a sua negritude e o seu valor social.
As bonitas fotos das mulheres homenageadas de Embu das Artes, como a folclorista e escritora Raquel Trindade, provocam impacto. Além dela, há fotos de Alessandra Rocha – yalorixá; Amanda Rocha – ekédi; Caçula Brito – artista popular; Carol Aniceto – cantora; Débora Marçal – bailarina; Dilma de Melo Silva – professora; Jéssica Evangelista –bailarina; Karla Magalhães – coreógrafa; Lúcia MaKena – bonequeira; Lucimeire Monteiro – arte-educadora; Maria Helena – Embaixatriz do Samba; Maria Trindade –cantora; Matilde Ribeiro – gestora; Nega Duda – cantora sambadeira; Rayane Ferraz – yalodé; Sônia Santos – ativista; Valéria Veloso – peruqueira.
Projetos com Angola e Caribe
Ao apreciar as imagens feitas por Guilherme Griebler, lembre-se que elas mostram uma parte de um projeto que tem muitas outras etapas. O projeto integral, com coordenação e pesquisa de Kátia Trindade, curadoria de Celso Fonseca, patrocinado pela Prefeitura de Itapecerica da Serra e o Departamento de Gênero e Etnia, da Secretaria estadual de Cultura, apresentado em solo embuense com apoio do Governo de Embu das Artes, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, inclui palestras, shows, simpósios, além da exposição.
E vai mais longe: os organizadores preparam um intercâmbio Brasil-Angola, para o dia 13 de maio, e em setembro, com o Dia Internacional da Mulher e Dia da Mulher Afro-caribenha, haverá simpósio. O projeto Mulher Negra – Cultura e Protagonismo começou em novembro de 2013 e vai até novembro deste ano, circulando por cidades que manifestarem seu interesse.
De acordo com organizadores, o projeto é uma ação afirmativa, com objetivo de valorizar o papel da mulher negra fazedora de cultura na sociedade, enquanto protagonista e não como coadjuvante. “Levar a mostra a várias cidades permite democratizar os bens culturais e fortalece a autoestima da população negra, em especial das meninas e mulheres negras. O foco é a mulher negra fazedora de cultura e protagonista”, explica Kátia.
Além de cultura e arte, são abordados outros aspectos importantes para a mulher negra, como saúde, religiosidade, referências. Os temas são apresentados por especialistas, em forma de palestra, vídeos, mostras, oficinas de dança dos orixás e intervenção cultural.
Quando e onde visitar
A Rodoviária, que fica na av. Elias Yazbek, 785, cruzamento com a Avenida Jorge de Souza. Estacionamento particular no local. Funciona diariamente, das 4h da madruga à meia-noite. As obras estão no saguão de entrada. Atendimento telefônico das 8 às 20h, no (11) 4241-8778.