A Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esportes inaugurou oficialmente na quarta-feira (6/12) o Programa Guri Embu das Artes, projeto da Secretaria de Estado da Cultura gerido pela organização social Santa Marcelina, que oferece educação musical gratuita com cursos de canto, instrumento e teoria para jovens entre 6 e 18 anos de idade, com o ideal de desenvolvimento humano e inclusão social.
A entidade mantém 46 polos na Capital e Grande SP, atendendo 13 mil alunos. A unidade de Embu das Artes fica no Parque Francisco Rizzo e já funciona desde agosto com 115 integrantes, que têm aulas de instrumentos como violão, violão 7 cordas, viola, cavaquinho, bandolim, flauta, clarinete e saxofone. O ensino de coral e teoria complementam a formação pedagógica.
Além de aulas de instrumentos, há formações disponíveis como iniciação musical para crianças de 6 a 9 anos e para adultos a partir de 18 anos, que são uma oportunidade para os familiares dos alunos desenvolverem percepção musical com atividades vocais e instrumentais. Para 2018, ainda não há previsão de abertura de vagas, mas os interessados podem se informar pelo telefone 2056-5122, somente às quartas-feiras, das 8h às 17h, ou acompanhar pelos meios de comunicação da Prefeitura.
A cerimônia contou com a apresentação de corais de alunos e da banda do Guri Campo Limpo, que interpretaram canções da música regional, samba, MPB, jazz e temas de filmes como “Pantera Cor-de-Rosa” e “Missão Impossível”.
A gestora do Guri Santa Marcelina, Giuliana Frozoni, revelou as motivações para a implantação do projeto no município, como a vocação artística da cidade, a estrutura oferecida, a ausência de um polo na região e os inúmeros apelos da população local para oferta de cursos de música.
Sobre o impacto da atuação do programa na comunidade, Giuliana explicou que em outros espaços a relevância do Guri se dá por possibilitar o acesso dos jovens à educação musical, que é um direito previsto na Constituição mas que nem sempre é garantido na prática. Outro ponto levantado por ela, além da música, é o desenvolvimento social, pois o polo conta com uma assistente social que trabalha junto à comunidade e às famílias, dialogando sobre direitos, deveres, questões políticas e cidadania, estimulando uma formação global.
“Dar a chance de ter contato com o universo desconhecido da música para a maioria, de aprender a cantar e tocar um instrumento, de visitar outros espaços e assistirem músicos e alunos se apresentarem são grandes incentivos para os alunos”, disse ela. “Além disso, fazemos os estudantes perceberem que o mundo é maior do que podem imaginar e que a partir dessa experiência as oportunidades poderão surgir”, concluiu.
A secretária municipal de Turismo, Cultura e Esportes, Rosana Almeida, participou do evento com presença da deputada estadual Analice Fernandes.
Guris do futuro
A aluna do polo Embu das Artes, Maria Eduarda Herrera dos Santos, 14 anos, e moradora de Itatuba, estuda música desde os 8 anos de idade, está aprendendo instrumentos de cordas e gosta de rock dos anos 70. O que lhe mais agrada no Guri é a postura dos funcionários: “Os professores são muito profissionais e dedicados, o que propicia um bom convívio entre nós”.
Seu colega, Victor Manuel Dias, 17 anos, residente no Bosque do Embu, vem de famílias de músicos. Ele disse que está se aperfeiçoando e ampliando seu conhecimento no Guri. Toca instrumentos de cordas e tem gosto musical eclético. “Minha pretensão é se profissionalizar, estou me aprofundando em teoria e me tornando mais técnico nos instrumentos”, contou. “E o clima do polo é muito amistoso e profissional, pois também há uma rotina de diálogo e socialização entre os alunos, professores e funcionários”, finalizou.