Nos dias 15 e 16 de setembro, o projeto “Educação Patrimonial em Ação”, desenvolvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sob coordenação da Bordallo Cultural, esteve em Embu das Artes, com o objetivo de dialogar sobre a importância da educação patrimonial. O projeto contou com espetáculos teatrais em dois pontos da cidade e que exploraram a cultura regional em sua expressão artística.
A primeira apresentação aconteceu na Escola Estadual João Mendes; a segunda, no Centro Histórico em frente ao Museu de Arte Sacra. Após as apresentações, superintendente do Iphan, Danilo Nunes, conversou com os presentes sobre a importância do tema e como ela pode auxiliar na preservação de nossa cultura.
Foco no patrimônio cultural
A Educação Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco no patrimônio cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação. Considera-se, ainda, que os processos educativos devem primar pela construção coletiva e democrática do conhecimento, por meio da participação efetiva das comunidades detentoras e produtoras das referências culturais, onde convivem diversas noções de patrimônio cultural.
O Iphan busca formas de implementar uma postura educativa em todas as suas ações institucionais. O objetivo é que cada representação do Iphan no território nacional funcione como centro de diálogo e construção conjunta com a sociedade de políticas de identificação, reconhecimento, proteção e promoção do patrimônio cultural. As principais diretrizes que devem nortear as ações de Educação Patrimonial decorrem de um longo processo de debates institucionais, aprofundamentos teóricos e avaliações das práticas educativas voltadas à preservação do patrimônio cultural.
Ao mesmo tempo, são amparadas em uma série de premissas conceituais: as comunidades devem ser participantes efetivas das ações educativas; os bens culturais estão inseridos nos espaços de vida das pessoas; a Educação Patrimonial é um processo de mediação e o patrimônio cultural é um campo de conflito; os territórios são espaços educativos; as ações educativas devem levar em conta a intersetorialidade das políticas públicas; e é necessária uma abordagem transversal e dialógica da educação patrimonial.
Todas as vezes que as pessoas se reúnem para construir e dividir conhecimentos, investigar para conhecer melhor, entender e transformar a realidade que as cerca estão realizando uma ação educativa. Quando tudo isso é feito levando em conta algo relativo ao patrimônio cultural, então trata-se de Educação Patrimonial.