Mais uma edição de Loucos Por Vinil Fair, realizada de 10 a 12/4, trouxe de novo à cidade dezenas de aficionados pelo disco de vinil e pela boa música, que estão sempre correndo atrás das grandes gravações e dos seus ídolos. Nessa edição ficou ainda mais evidente a presença de jovens na feira de discos, uma tendência que começou nos últimos anos. “Hoje temos um público equilibrado, de todas as idades, e o número de jovens surpreendeu”, declara o artista plástico Paulo Dud, idealizador do projeto, realizado pela Prefeitura de Embu das Artes, por meio da Secretaria de Cultura.
Millena, de 16 anos, moradora do Jardim Santa Tereza, faz parte desse novo público. Compareceu acompanhada do pai, Michel Silva, de quem herdou o gosto pelos discos: “Essa é a segunda vez que venho ao Loucos Por Vinil. Meu pai me apresentou ao evento e eu adoro. Além dos discos, também tem várias atrações interessantes”, conta a filha do colecionador. “Aos seis anos ganhei meu primeiro vinil e de lá pra cá minha coleção só aumentou, hoje tenho mais de mil discos. Ouvir vinil é quase um ritual. Meus pais ouviam, eu ouço e hoje estou passando isso para os meus filhos. Já virou um vício, não tem jeito”, diz Michel.
O 13º Loucos Por Vinil Fair – Encontro de Colecionadores de Discos, de venda, compra e troca de discos, destacou nesta edição o mundo do jazz, com shows de diversos grupos desse e outros gêneros musicais. Participaram, entre outros, a banda Loop B, de música contemporânea, e o guitarrista Tony Babalu e banda (Franklin Paolillo, bateria; Leandro Gusman, baixo; Adriano Augusto, piano), de rock. Nesses e outros momentos, o público aprovou a programação.
Cidade investe na música
Antônio Scarance, 48, morador de Vargem Grande Paulista, veio a Embu das Artes, com filhos e sobrinhos, especialmente para o evento: “Acabei de acompanhar a apresentação do Loop B Lourenço e achei muito criativo. A forma como ele mistura os sons do cotidiano à música é harmônica, uma arte diferente. Acho que Embu tem um grande potencial musical a explorar e deveria investir mais nesse tipo de evento. É gostoso vir aqui e poder assistir uma apresentação com a família”.
A Prefeitura de Embu das Artes, por meio da Secretaria de Cultura, desenvolve projetos como a Escola Municipal de Música, com 600 alunos, que acaba de receber 500 instrumentos do governo federal, e a parceria com a Escola de Música da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com 112 alunos e orquestra. A Escola Municipal de Música também já tem a sua orquestra, com apresentação prevista para junho, além de investir na formação de coral e grupo de choro. Continuam em funcionamento cursos de música nas comunidades realizadas pelos Núcleos de Cultura.
Outros visitantes de Loucos Por Vinil Fair, como Luiz Carlos Domingues, a mulher, Nelma Alves, e a filha, Thainá, prestigiaram o show do Tony Babalu (ex-banda Made in Brazil e considerado representante da segunda geração do rock): “Essa é a segunda vez que a gente vem ao Loucos por Vinil. Gostamos do programa, do rock. E onde tem vinil tem rock. É inevitável.”
Jovem Guarda em 2016?
Na abertura da feira do vinil foi apresentado vídeo contando parte da sua história e show com o Quarteto Taioba. A sugestão, manifestada por frequentadores, de realizar o evento mais de uma vez por ano será avaliada pelo secretário de Cultura, Alan Ricardo Martins Leão, que se revelou satisfeito com os resultados do 13º Loucos Por Vinil Fair. Além da qualidade das atrações, a feira contou com 15 expositores, que comercializaram raridades, como disco autografado por Roberto Carlos. E já há sugestão de destacar a Jovem Guarda em 2016.
