Mães e bebês saudáveis exigem mais atenção

28/03/2014 - 0:00
Mães e bebês saudáveis exigem mais atenção
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Tomando como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, em Embu das Artes nascem 4.546 crianças por ano e 12, com menos de um ano, a cada mil, morrem. Mães bem informadas podem reduzir essas perdas. E, para isso, o Governo da Cidade, por meio da Secretaria de Saúde, adotou várias medidas para conscientização das mulheres quanto à gravidez, partos e cuidados com elas e o recém-nascido.

O teste de gravidez pode ser feito todos os dias nas Unidades de Saúde (UBSs), sem necessidade de encaminhamento nem acompanhamento de um adulto responsável, no caso de adolescente. Apenas as meninas com menos de 12 anos, segundo o Estatuto da Criança e Adolescente, devem comparecer para realização do exame

acompanhadas de um  responsável.

Com resultado positivo, a UBS marca a primeira consulta com enfermeiro, quando serão  solicitados os exames de rotina para o pré-natal. Durante os nove meses, a gestante, sem intercorrência, fará pelo menos seis consultas, atualização de vacina, participação nos grupos de educação em saúde para grávidas, avaliação e tratamento da saúde bucal. O pré-natal deve ser iniciado nos três primeiros meses de gestação, que dura até 40 semanas.

As gestantes que apresentarem doença prévia ou desenvolverem alguma patologia durante a gestação serão acompanhadas no ambulatório de pré-natal de risco. Devem continuar com as atividades (grupo de gestante, planejamento familiar etc.) oferecidas na unidade de saúde de origem.

PRÉ-NATAL DESDE O COMECINHO

Quanto mais a mulher iniciar o acompanhamento do pré-natal, menor será o risco para ela e o bebê. Durante o período gestacional, o pré-natal é um importante guia sobre os hábitos mais aconselháveis na gestação, resultando no parto e bebê saudáveis. Ao iniciar o pré-natal precocemente é possível detectar doenças que podem ser tratadas com sucesso apenas neste período, evitando riscos. Com acompanhamento, a gestante recebe informações sobre alimentação, apoio psicológico, orientações sobre a sexualidade, parto, cuidados com o recém-nascido, direitos sociais e é incentivada, pela equipe de saúde, a amamentar. Tem ainda visita à maternidade. A primeira consulta dela e do recém-nascido será agendada na UBS.

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A UBS Santa Tereza é a que mais tem gestantes hoje sob os cuidados de sua equipe. São 466 gestantes. A UBS São Marcos, com 441, e a Santo Eduardo, com 366 gestantes vêm em seguida. Do total de 3.621 gestantes, 708 são menores de 18 anos, e a maioria concentra-se entre 20 e 34 anos.

Estudo sobre avaliação de risco, feito pela médica Roseli Higa, assessora do programa da Gestante na Secretaria Municipal de Saúde, com 3.334 gestantes atendidas pelo pré-natal na cidade em 2013, classificou as idades das adolescentes. Veja:


 

A análise do questionário mostrou que o número de gravidez não desejada é maior entre as mulheres na faixa dos 28 aos 34. Quanto às adolescentes, embora sem planejamento, a gravidez não é indesejada, revelando também desconhecimento dos impactos da gravidez precoce. Tanto no município quanto no mundo, o índice de grávidas com menos de 18 anos ainda é alto, com impacto na saúde, educação, entre outros setores. 

EXAMES NECESSÁRIOS           

Glicemia, para avaliar se há presença de diabetes;

Grupo sanguíneo e fator Rh, para detectar incompatibilidade sanguínea entre mãe e bebê, que pode levar à morte do feto;         

Anti-HIV, para identificar se há a presença do vírus da Aids no sangue da mãe. Se a mãe for soropositiva, o médico prescreverá alguns medicamentos que reduzirão as chances de a doença ser transmitida para o bebê, que é chamada de transmissão vertical. Em Embu das Artes, a transmissão vertical foi reduzida a zero há cinco anos;        

Ultrassonografias (três), que indicam a idade gestacional, malformações e o desenvolvimento do bebê;        

Urina e urocultura, para identificar se a mãe possui infecção urinária, que é uma das causas comuns de prematuridade no parto ou de evolução para infecções mais graves;       

Sífilis, doença que pode causar malformações no bebê. Quando detectada, a mãe e o companheiro são tratados e acompanhados;        

Hepatite B Caso a mãe tenha o vírus da doença, algumas medidas podem reduzir as chances de transmissão do vírus para o bebê;         

Toxoplasmose, pois essa doença pode ser transmitida ao feto, causando malformações;

Rubéola, doença que pode levar ao aborto, além de causar malformações no bebê.

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