Alunos das 5ªs séries das Escolas Municipais Paulo Freire e Valdelice Prass criam protótipos em projeto do Museu Exploratório de Ciências da Unicamp
Cerca de 420 estudantes das 5ªs séries das Escolas Municipais Professor Paulo Freire e Professora Valdelice Aparecida Medeiros Prass vivenciaram o fazer científico de uma forma divertida e colaborativa com a Oficina Desafio. Iniciativa do Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o projeto criado em 2006 tem caráter itinerante. Em Embu das Artes ele esteve nos dias 16, 17 e 18 de novembro, a convite do Governo Municipal, por meio da Secretaria de Educação.
Logo de cara, o caminhão verde-oliva personalizado chama a atenção da garotada. Dele saem os mais diversos apetrechos: bancadas, materiais e ferramentas elétricas e manuais.
Divididos em equipes, os grupos de estudantes são desafiados – no melhor sentido da palavra – a resolver uma situação-problema apresentada. Utilizando então os materiais fornecidos, eles projetam, constroem e operam um protótipo apresentado como solução ao desafio.
A tarefa proposta aos estudantes de Embu foi ajudar o pequeno Pedro Augusto num projeto de agricultura alternativa. “Moleque esperto”, preocupado com a escassez de água e o seu desperdício, ele precisava encontrar alguma maneira de aproveitar ao máximo a água usada para irrigar a horta cultivada em sua casa.
Apostos em suas bancadas, os alunos acompanhados por monitores do projeto tiveram menos de quatro horas para transformar ideias em sistemas funcionais. De acordo com o quartanista de Física da Unicamp Vítor Lécio Lacerda, monitor do caminhão da Oficina Desafio, “todos os grupos demonstraram esperteza e sagacidade em construir coisas”. Vítor coordenou uma equipe de cinco monitores formada por graduandos da Unicamp das mais diversas áreas: Engenharia Mecatrônica, Agrícola e de Alimentos, Letras, entre outras.
“Achei muito interessante porque a gente pôde conhecer novas ferramentas e ajudar a preservar a água. Muito legal” – opinou Lucas Cordeiro de Lima, 11 anos, estudante da 5ª D da Escola Municipal Paulo Freire.
Na avaliação dos monitores, todas as equipes mereceram prêmios. O destaque Suporte foi dado ao grupo 4 pelo projeto bem estruturado, semelhante às cisternas usadas no Nordeste como reservatório de água. O destaque Fartura foi para a equipe “Hortolândia”, cuja horta foi bem trabalhada. Já o prêmio Desperdício Zero foi para o grupo 5, que criou um “esguincho” para aproveitar ao máximo a irrigação e um sistema para reuso da água não utilizada. Quem caprichou no projeto foi o “Bonde da Horta”, que levou o prêmio Estética. Por fim, o prêmio Faça Sol e Faça Chuva foi para a equipe 2, que em seu protótipo pensou na temática da chuva em nosso dia-a-dia.