Prefeitura de Embu das Artes faz mediação sobre a ocupação do MTST

07/03/2012 - 0:00
Prefeitura de Embu das Artes faz mediação sobre a ocupação do MTST
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A
Prefeitura de Embu das Artes conciliou uma reunião entre CDHU – Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo e membros do
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) na tentativa de encontrar um
consenso sobre o impasse do terreno da Mata do Roque Valente. A proprietária,
CDHU, pretende construir habitações e criar uma área de preservação no local,
mas o projeto está parado desde 2006, quando a Justiça concedeu, a um grupo de
ambientalistas, uma liminar que impede qualquer tipo de construção e determinou
uma perícia para a definição sobre o destino da área.

Estavam
presentes o prefeito Prefeito, o presidente da CDHU, Antônio Carlos do
Amaral Filho, e o membro da coordenação nacional do MTST, Guilherme Boulos.

Prefeitura
e CDHU afirmaram o interesse na edificação de 1200 moradias para atendimento
das famílias organizadas pelo Movimento, priorizando as pertencentes à região
de Embu das Artes, e também defendem a criação da área de preservação.

Originalmente,
dos 433.800 m²
de mata, 150.280 m²
seriam para o conjunto habitacional. O restante, 283.520 m², para a
criação do Parque Ecológico, com 40.725 m² destinados a uma área de lazer,
recreação, escola, unidade de saúde e posto policial.

No
sábado (3/3), o MTST ocupou parte da Roque Valente e, na segunda-feira (5/3), a
juíza de direito Barbara Carola Hinderberger Cardoso de Almeida, da 2ª Vara
Judicial da Comarca de Embu das Artes, determinou a reintegração de posse da
área, a ser realizada pela Polícia Militar.

Membros
do MTST disseram que irão pedir à juíza uma reconsideração deste pedido de
reintegração para que haja um acordo.

A
juíza também deferiu que se dê continuidade, em caráter de urgência, ao processo
de perícia para que seja tomada uma decisão sobre o terreno.

Tanto
a Prefeitura quanto a CDHU devem apresentar, na Justiça, documentação que
comprove a legitimidade e viabilidade do projeto, sem prejuízo da maior parte
da área verde existente, cerca de 2/3 do total, e farão um pedido para
reconsiderar os quesitos da perícia solicitada anteriormente, que custaria mais
de R$ 3 milhões ao executivo, para que a decisão seja tomada com base no pré-projeto
e no laudo ambiental feito pela CDHU.

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