Música, dança, teatro e conscientização. Essa mistura inteligente e interessante foi apresentada nos Planos de Ação Comunitária (PLA), elaborados por integrantes do Programa Nacional de Jovens de Embu. Lançado pelo governo federal, o ProJovem foi implantado a 6 novembro de 2006 no município. Oito meses depois, seus primeiros resultados num encontro inédito realizado no auditório da Prefeitura no último dia 6/7. Coordenado pelo Centro de Referência da Juventude (CRJ) da Secretaria de Cidadania e Assistência Social, o evento reuniu cerca de 200 jovens dos quatro núcleos formados nas Escolas Municipais Elza Marreiro Medina, Jornalista José Ramos, Josefina Azteca e Mauro Ferreira.
Escolhidos pelos próprios estudantes e extraídos da realidade em suas comunidades, os temas dos PLAs enfocaram as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e AIDS, gravidez na adolescência, violência, drogas, preservação do meio ambiente e reciclagem do lixo. Em 16 apresentações foram deixadas importantes mensagens. “O crime não é doce. É mais amargo do que fel…” cantou o grupo de rap Força de Expressão. Cobertos com sacos plásticos pretos, integrantes da turma 1 da E.M. Jornalista José Ramos no ritmo da dança de rua mostrou: “Drogas, a destruição da juventude”.
Aluna da escola, Rita de Cássia Conceição Santos, 21 anos, mãe de Beatriz, 6, e Nicole, 4 anos, é um exemplo de persistência. As filhas moram em Itapevi e ela em Embu. Recém-desempregada e separada, ela já pensou em desistir. Apesar de todas as dificuldades, Rita decidiu continuar cursando a 8ª série, buscando melhores oportunidades para todas.
E justamente por demonstrarem força de vontade para conquistá-las, os jovens participantes receberam o reconhecimento do governo municipal expressado pelo prefeito Prefeito, pelo chefe de Gabinete Prefeito e pela secretária de Educação Rosimary Matos. Emocionado com o que viu e ouviu, Prefeito incentivou-os. “Não esperem a oportunidade cair do céu. Parabéns a vocês por terem agarrado essa oportunidade”, e defendeu que os jovens reflitam da seguinte forma: “o governo não tem que me dar as coisas em casa, tem que me dar oportunidade”.