No País, a violência nas relações afetivas tem sido objeto de crescente denúncia junto à polícia, ao judiciário e aos órgãos públicos de Assistência Social, Educação e Saúde. A violência doméstica acarreta amplas repercussões psicossociais, econômicas e políticas, não só no plano individual e familiar como também na esfera social da mulher. Diante da complexidade da questão, criou-se, por vontade política, uma rede para auxiliar a população feminina na qual o Centro de Referência da Mulher de Embu das Artes (CRM), ligado à Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional, faz parte.
“Neste governo, a rede se fortaleceu. Todos os sistemas, Polícia Militar, Guarda Municipal, delegacias, fórum, devem assegurar a garantia à vida e à proteção da mulher. A rede tem ações multisetoriais que incluem também a saúde, educação, a cultura e a assistência social”, conta a coordenadora do CRM, Lúcia Gusson.
A mulher que sofre violência, nem sempre percebe que existe uma rede de apoio para ajudá-la a superar este momento de vulnerabilidade. A rede busca atender a mulher na sua integralidade, não apenas na questão da violência doméstica, mas também em outras mais específicas como encaminhar para tratamentos de saúde ou reinseri-la no mercado de trabalho. Através da rede, ela pode ganhar mais autonomia e romper em definitivo com o ciclo da violência.
A Polícia Rodoviária Federal também faz parte da rede, monitorando a rodovia Régis Bittencourt no trecho que vai de Juquitiba à Taboão da Serra, abordando caminhoneiros e outros motoristas sobre a violência contra a mulher. “A Polícia Rodoviária Federal está recebendo cursos sobre a violência contra a mulher para aprimorar a abordagem nas ações. Conhecemos o CRM de Embu das Artes através da coordenadora do órgão Lúcia e da secretária interina Roberta Santos”, disse o inspetor da 4ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal de Itapecerica da Serra, Ronaldo Lopes.
Política de enfrentamento
A ampliação e o aperfeiçoamento das redes de proteção à mulher são prioridades dentro da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O documento assegura que os governos (Estaduais, Distrito Federal e Municipais) e a sociedade civil possuem um papel a desempenhar na prevenção e no combate da violência contra as mulheres, e na assistência a ser prestada a cada uma delas. Todavia, ainda existe uma tendência ao isolamento dos serviços e à desarticulação entre os diversos níveis de governo no enfrentamento da questão. O trabalho em rede surge, então, como um caminho para superar essa desarticulação e a fragmentação dos serviços, por meio da ação coordenada de diferentes áreas governamentais, com o apoio e monitoramento de organizações não-governamentais e da sociedade civil como um todo.
Hoje, em Embu das Artes, as mulheres em situação de violência contam, além do CRM, com as Delegacias de Polícia, Delegacia da Mulher, os Centros de Referência da Assistência Social (Cras), as unidades básicas de saúdes e pronto-socorros.
Ouça a declaração do inspetor Ronaldo Lopes da Polícia Rodoviária Federal
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