A Secretaria de Saúde de Embu das Artes, em cumprimento à Lei Federal Nº 8689 de 27/7/1993, artigo 12 e Emenda Constitucional Nº 29 de 13/9/2000, realizou dia 28/5, na Câmara Municipal a Audiência Pública para apresentar os números e as ações do primeiro quadrimestre de 2015.
Com o número de habitantes crescente, 7,84% nos últimos quatro anos, a vinda do Programa Mais Médicos para a cidade objetivou um melhor atendimento a essa nova realidade da população. Houve um aumento de 60,72% nas consultas médicas em relação a 2013. No programa Estratégia Saúde da Família (ESF), também houve um aumento no número de pessoas atendidas: de 85 mil no primeiro quadrimestre de 2014 para quase 92 mil no mesmo período deste ano.
Ainda com a vinda dos médicos cubanos, tivemos maior cobertura com o Saúde da Família. Hoje, mais de 35% da população da cidade é atendida mensalmente pelas 25 equipes completas do programa, que conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. Outro reflexo do bom atendimento da atenção básica é a queda no número de internações por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na população de 30 a 59 anos (faixa etária de maior incidência de letalidade): de 12 em 2014 para cinco em 2015.
Nos pronto-socorros infantis da cidade também houve uma queda no número de crianças atendidas: de 30 mil em 2014 para 28 mil este ano. Os atendimentos para adultos tiveram uma ligeira alta, mais por conta dos casos de dengue que cresceram muito em todo o estado de São Paulo: de 92 mil para 98, no mesmo período.
Ações
Além das ações comuns ao dia a dia dos serviços de saúde, muitas outras foram realizadas pelo Governo Municipal através da Secretaria de Saúde. Inauguração da nova UBS do Jd. Santo Eduardo, capacitação sobre aleitamento materno para os servidores das UBS´S, implantação e treinamento do sistema E-SUS em parceria com a Libb´s Farmacêutica e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) nas unidades Eufrásio, Emília, Fátima e Santo Eduardo, construção de mais três postos de atendimento: São Luís, Jd. Ângela e Santa Emília.
Além disso, outras sete unidades estão sendo reformadas: Centro, Fátima, Independência, Pinheirinho, Santa Tereza, São Marcos e Vista Alegre. Todas as UBS´s receberão serviços de pintura, sistema hidráulico e elétrico, piso e revestimento, com recursos do programa Requalifica UBS do Governo Federal.
Ações como o dia “D” da dengue e da vacinação contra o vírus influenza, entrega de kit de higiene bucal (escova, creme dental, sabonete e folheto educativo), fortalecimento e implantação de grupos para a promoção de saúde, atenção à Rede de Atenção Psicossocial, avaliação e monitoramento do Programa Saúde na Escola (PSE) e demais campanhas também estão contabilizadas.
Casos que requerem atenção
Segundo a secretária de saúde, dra Sandra Magali Fihlie, um dos casos que requerem da secretaria uma atenção maior é o decréscimo nos partos da maternidade. “Estamos analisando junto com as equipes para identificar a queda nesses números. Para nós da saúde, quando alguns índices caem, como é o caso do número de curativos, que caiu mais de 17% de um ano para outro, isso é bom sinal, mas este é um caso particular e queremos entender o que está acontecendo, pois estamos cuidado de vidas”, falou.
Atividade física para todos
Hoje, 93% das UBS´s de Embu das Artes contam com diversas atividades físicas. Caminhadas monitoradas, lian gong (técnica de exercícios para prevenir e tratar de dores no corpo e restaurar a sua movimentação natural) são algumas das práticas apresentadas e que colaboram para a manutenção da boa saúde.
Para o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Ulisses de Souza e Silva, essa é uma maneira de comunicar à população as coisas de seu interesse, além disso, é o momento de o munícipe mostrar a sua concordância com as ações da prefeitura: “Para mim esta audiência tem uma relevância maior que as outras porque estamos lidando com vidas, e muitas vezes, as pessoas não têm a dimensão que é o sistema de saúde para uma cidade”.
Com um orçamento anual aprovado pela Câmara Municipal de R$ 108.128.612 milhões, no primeiro quadrimestre mais de R$ 10 milhões já foram utilizados apenas na atenção básica, atendimentos de média e alta complexidade (procedimentos cirúrgicos em geral e internações), na vigilância em saúde (atendimentos realizados pelas Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária, zoonoses) e com a assistência farmacêutica.
Veja a apresentação da Audiência Pública