A partida terminou com um placar de 50 a 6 para a França, no amistoso entre as seleções masculinas de rúgbi, evento que integra o calendário das comemorações oficiais do ano da França no Brasil. O jogo foi também uma oportunidade de divulgação no País e cerca de 3 mil de apreciadores da modalidade esportiva compareceram, vindos de vários bairros de Embu, da capital e outras localidades de São Paulo para acompanhar a disputa na noite de 2 de setembro, no Estádio Municipal Hermínio Espósito.
Um jogo entre as equipes femininas paulistanas SPAC e Bandeirantes, abriu programação com o Sevens, uma modalidade diferenciada do rúgbi. A formação, com sete jogadores, favoreceu a narração da partida, quando o diretor de comunicação da Federação Brasileira e diretor da ONG Hurra!, Eduardo Pacheco, fez o papel de comentarista e explicou as jogadas e as regras de pontuação e arbitragem.
O placar final foi de 17 a 0 para o SPAC. Ambas as equipes tinham jogadoras que integram a seleção brasileira. Natasha Olsen, ex-capitã da seleção brasileira viveu em Embu até os 18 anos, quando ainda não se dedicava ao rúgbi. Depois de participar da partida, ela declarou: “É bom estar de volta e poder apresentar o esporte também por aqui”.
A disputa masculina teve a formação original, com 15 jogadores de cada lado e as demais regras do esporte oficial. Superior por tradição, o time francês, terceiro no País é, treinado por Olivier Magne. Já a equipe brasileira, que tem como técnico Pierre Papa Hambord, é a 29ª no ranking mundial, vem se projetando na medida em que crescem os campeonatos universitários, estaduais e outros.
Entre as personalidades de destaque que prestigiaram a partida estiveram cônsul geral da França em São Paulo, Jean Marc Gravier, que foi praticante de rúgbi. “Houve grande empenho do consulado para que se realizasse o jogo, aproveitando a celebrações entre França e Brasil, pois representa também uma grande oportunidade de impulso ao esporte num país tão populoso como esse” – declarou o cônsul.
Está sendo articulada pela Secretaria de Esportes e Lazer, administrada por Humberto Panzetti, e a diretoria da ONG Hurra!, a inclusão do rúgbi no Programa Esporte Cidadão, que começa a acontecer em todo o município a partir do dia 15 de setembro, com apoio do Ministério dos Esportes. Eduardo Pacheco, afirma que o município de Embu reúne as condições favoráveis para que se desenvolva um projeto social que vai beneficiar toda a comunidade.
Os dirigentes são unânimes em ressaltar o caráter de integração do esporte e também das equipes. Constam das regras, além dos dois tempos regulares de 40 minutos cada, com intervalo de 10, o terceiro tempo que é a confraternização entre os times. O anfitrião sempre organiza um encontro após o jogo, quando os integrantes compartilham momentos de descontração.
Princípios de conduta estão nas normas do esporte, como a preservação da integridade física do jogador e do adversário, o respeito à hierarquia, já que somente o capitão fala com o árbitro, entre outros valores. “A superação é uma marca do rúgbi e, num paralelo com a vida, muitas experiências podem ser comparadas com as táticas, o pensamento estratégico, o compartilhamento ou não das ações, e o enfrentamento para atingir o objetivo agindo sob pressão” – comenta Pacheco. Essas características diferenciam o rúgbi de outros esportes, que primam pelo individualismo.