Até o dia 12/8, acontece na cidade a Semana Estadual de Prevenção da Leishmaniose Visceral, doença causada pelo parasita leishmania chagasi e transmitida pelo “mosquito palha”, que pode levar a óbito em 90% dos casos dos animais. O objetivo é que os municípios promovam ações de educação, informação e comunicação em saúde para a população, na perspectiva de reduzir os riscos de transmissão da doença nos seres humanos e nos animais. Embu das Artes nunca registrou leishmaniose em humanos.
Durante a Semana de Prevenção da Leishmaniose, agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria da Saúde, realizarão diversas ações para alertar a população sobre os riscos e prevenção da doença. Amanhã, 9/8, as equipes esclarecerão dúvidas dos moradores dos bairros Capuava, Ressaca, Itatuba e Caputera, locais onde haverá a vacinação anti-rábica e onde há também maior transmissão da leishmaniose. Outra ação será a tenda de orientações, dia 12/8, no Largo 21 de Abril, no Centro, com esclarecimento de dúvidas sobre o assunto.
As recomendações para prevenção da doença incluem: manter quintais, estábulos e galinheiros limpos e livres de folhas, frutos e fezes, poda de árvores e grama sempre em dia, fiscalizar a higiene e saúde dos animais, utilizar coleiras antiparasitárias e embalar a coleta de matéria orgânica em sacos plásticos.
Entenda a doença
As larvas do leishmania chagasi se desenvolvem, prioritariamente, em locais sombreados, na terra com matéria orgânica, matas e regiões úmidas. O ciclo de transmissão da leishmaniose se inicia quando a fêmea do mosquito palha pica o cão infectado, contraindo a doença e ficando passível de transmiti-la ao homem. O período de incubação costuma ser de dois a quatro meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses.
Nos animais, os principais sintomas da doença são crescimento das unhas, emagrecimento, vômito, fraqueza, queda dos pelos, feridas no focinho, orelhas e patas e não há recomendações de tratamento, além da eutanásia nos casos onde a doença já foi comprovada por meio de teste diagnóstico.
Nos seres humanos, os sintomas são febre prolongada, emagrecimento, crescimento do baço, fraqueza e, em casos graves, sangramento. Por ser tratar de uma doença sem cura, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações da leishmaniose.