Técnicas do governo federal visitam Banco de Alimentos

08/02/2007 - 0:00
Técnicas do governo federal visitam Banco de Alimentos
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As instalações, que ocupam uma área de quase mil metros quadrados, e os recursos humanos são dois itens positivos que diferenciam o Banco Municipal de Alimentos de Embu. A avaliação foi dada pela coordenadora do Projeto Banco de Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marilian Silva. A representante governamental esteve dia 7/2 acompanhada da consultora da FAU (órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) Ana Luiza Sauerbronn, em visita de monitoramento à instituição de Embu, considerada referência nacional pelo Tribunal de Contas da União.

“É impressionante o espaço físico que vocês têm aqui e a quantidade de funcionários trabalhando. Estou adorando”, disse Marilian. Segundo ela, o banco de Embu tem ainda a particularidade de atender a famílias, ao invés de distribuir para entidades produtoras de refeição como fazem outros bancos.

Graças a dois convênios firmados com o MDS, o banco adquiriu novos equipamentos, entre eles uma esteira automatizada que facilita o transporte das sacolas e agiliza o trabalho. As instalações serão modernizadas, incluindo uma Unidade Tecnológica para processar alimentos de forma altamente segura e higiênica. As novas técnicas de processamento alimentar e utilização dos equipamentos foram ensinadas pela Embrapa num curso que reuniu 14 gestores de bancos de alimentos de todo o país, em outubro, na sede da empresa no Rio de Janeiro. Dentre eles estava a nutricionista Cristina Tonolli, coordenadora do banco de Embu.

Contando com 39 funcionários, o Banco de Alimentos de Embu distribui diariamente em média cerca de 350 sacolas com diversos gêneros nutritivos e saudáveis. Alimentos duráveis como feijão, macarrão e arroz são comprados pela Prefeitura. Segundo as representantes do MDS, esta contrapartida não é comum em bancos similares. “É uma atitude que demonstra que essa administração valoriza o projeto e quer garantir o arroz e o feijão”, salientou Cristina.

Outros produtos, incluindo gêneros perecíveis tais como frutas, verduras e legumes vêm de doadores, fundamentais para manter o projeto. Em novembro de 2002, quando iniciou, ele atendia duas mil pessoas e atualmente beneficia cerca de 10 mil pessoas toda semana, ligadas a 65 entidades sociais e 13 produtoras de alimentação (como associações religiosas que fazem sopões). Em 2006 o Banco distribuiu mais de 815 mil quilos de alimentos: 365 toneladas provenientes da contrapartida da Prefeitura de Embu e 452 toneladas captadas de doadores.

As visitantes observaram relatórios, acompanharam todo o processo de trabalho, desde a recepção, triagem, até a distribuição dos alimentos. Ao final, elas conheceram uma das entidades beneficiadas. Localizada no bairro Itatuba, o Centro Educacional de Criança e Adolescente (CECA), abriga 25 crianças e jovens órfãos ou abandonados. Além de outros alimentos recebidos, cerca de 80% do arroz consumido na entidade vêm do Banco de Alimentos de Embu.

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