O teste prático de seleção de novos expositores da Feira de Embu das Artes, realizado em 26/2, movimentou a cidade. A proposta de levar os 145 concorrentes, que já haviam passado pela primeira etapa de seleção, ao largo dos Jesuítas, para montar a sua barraca e produzir arte ou artesanato diante do público, não só permitiu ver, como se pretendia, o comportamento do pretendente a expositor diante do público, como mostrou que tem público para mais dias de feira. O teste acabou atraindo a atenção e deu ao Centro Histórico cara de fim de semana, com pessoas transitando de barraca em barraca querendo saber sobre os produtos.
Organizados em setores de artes plásticas, artesanato, manifestação artística, verde, alimentação e bebida, os concorrentes foram avaliados por uma comissão formada por artistas, artesãos e representantes do governo municipal. O secretário de Turismo, Valdir Barbosa, informou que os expositores selecionados pela comissão julgadora poderão integrar a Feira de Embu das Artes imediatamente ou serem convocados ao longo do tempo. É também proposta do governo municipal ter mais expositores no sábado, quando a feira hoje comporta apenas parte dos mais de 600 expositores que ocupam os calçadões do Centro Histórico no domingo, atraindo milhares de turistas.
O resultado dessa avaliação só será conhecido em uma semana, prazo dado à comissão julgadora para revelar os resultados da sua avaliação. Pelo que se viu durante a exposição dessa quarta, os candidatos, artistas e artesãos, mostraram trabalhos de qualidade. Muitos moram nos diversos bairros cidade ou nos municípios vizinhos, como Taboão da Serra, São Paulo, Vargem Grande Paulista, Cotia. Há também artista estrangeiros e de ascendência estrangeira, apresentando arte e artesanato típicos dos seus países de origem.
A utilização de materiais recicláveis, a preocupação com o meio ambiente são comuns entre os concorrentes e o setor de alimentos e bebidas inclui receitas raras e bebidas saborosas, nacionais e estrangeiras, com requintes de bolo da vovó com nova roupagem, guloseimas para hipertensos, diabéticos, cilíacos, sem glúten, sem açúcar, sem fermento, e docinhos com desenhos artísticos, para caracterizar, segundo a criadora e produtora, que “Embu das Artes tem arte até nos doces”.