Visita japonesa mostra importância de intercâmbio

07/07/2014 - 0:00
Visita japonesa mostra importância de intercâmbio
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O intercâmbio entre Embu das Artes e Hino, na província de Shiga-ken, no Japão, trouxe à cidade mais uma delegação de representantes japoneses nesse fim de semana, 4 a 6/7. Depois de visitar algumas obras da cidade, o Museu de Arte Sacra, o Memorial Sakai, a Feira de Embu das Artes, a Câmara Municipal, a Associação Embu-Hino, Associação Comercial, Industrial e Serviços de Embu (Acise) e a Prefeitura, a comitiva da cidade-irmã, composta por Yoshiaki Hirao (vice-prefeito de Hino), Toshio Yamada (assessor), Shigueo Murashima (vereador), Akiko Kisse (diretor da Hino International Goodwill Association) e Mitsumi Nishimura (professora de caligrafia tradicional japonesa), seguiu para o sul do País, tendo no roteiro as Cataratas de Foz do Iguaçu, no Paraná. Levou na bagagem lembranças de Embu das Artes e da Copa do Mundo e deixou botons das Olimpíadas de Tóquio em 2020.

No encontro com a delegação, o prefeito de Embu das Artes, Prefeito, destacou a contribuição da colônia japonesa para formação da cidade através de loteamentos, das cooperativas agrícolas, da arte. Já o vice-prefeito de Hino, Hyoshiaki Hirao, declarou que esteve na cidade há 20 anos e que notou algumas mudanças. “Embu das Artes está mais amiga. Sua relação com Hino está mais afinada, aprofundada, mais humana. Se desenvolveu muito, especialmente nos últimos anos”, disse. Na sua visão, o desenvolvimento depende de ações conjuntas de governo e sociedade civil, daí a importância, por exemplo, das assembleias do Orçamento Participativo (OP), realizadas em Embu das Artes.

O intercâmbio Embu-Hino já levou muitos brasileiros a Hino e trouxe de lá pra cá uma delegação a cada três anos, durante os 30 de convênio entre as cidades, completados em 2 de maio e que será comemorado em Hino no dia 15 de março de 2015. Hino, embora menor, é a irmã mais velha. Situada em um país com uma história de mais de 5 mil anos, já passou pela atual fase não só de Embu das Artes, mas do Brasil. Venceu dificuldades econômicas e sociais e enfrenta outras, como envelhecimento da população, exigindo novas soluções.

Troca de experiências

Desde o início do convênio, em 1984, sua população cresceu cerca de 15% (de 20 mil para 23 mil habitantes) e a de Embu das Artes quase 30% (de 191.072, em 1985, para 244 mil). A cidade do país do sol nascente, simbolizado no painel da Capela de Santa Cruz, da escultura de bronze na entrada do Ginásio Hermínio Espósito, importada, nos anos 1980, para selar o convênio, não tem analfabetismo, já resolveu o problema do lixo, que é totalmente reciclado e reaproveitado, incluindo o entulho que é reutilizado para asfaltamento, da água, do esgoto e tantos outros comuns ao Brasil, para os orientais, um país “novinho ainda”.  

No encontro na prefeitura, Sadao Nagata propôs um minuto de silêncio em homenagem a Chuzo Morita, que morreu esta semana, aos 96 anos. “Ele foi a pessoa que abriu o caminho para o convênio Embu-Hino. Foi um grande líder e prefeito de Hino por mais de 20 anos. Veio à cidade e recebeu o título de cidadão embuense”, declarou Sadao, que foi presidente da associação. Após a homenagem, Paulo Giannini, fez uma ampla apresentação do país e da cidade, destacando: “No Brasil, de 12 anos para cá, após o governo Lula, têm melhorado os índices de qualidade de vida. São 30 milhões que saíram da pobreza e ascenderam à classe social acima. Grande parte da população embuense segue o mesmo caminho. Vivemos uma economia estável. A inflação, grande drama, está estabilizada e praticamente temos pleno emprego, com 5% de desempregados” (nos EUA, o índice é de 6,5%, após chegar a 10,5%).

“Há uma população de baixa renda que depende exclusivamente do serviço público. Temos feito a nossa parte, dando atenção a todos, incluindo a população japonesa, que nos ajuda com troca de experiência”, disse o secretário. “É uma honra recebê-los”, afirmou Natinha.  Houve troca de presentes, em que a comitiva recebeu livro sobre a cidade, de Raquel Trindade, e entregou símbolos do Japão, incluindo o par de tamancos miniatura que simboliza a vida no campo. Os homens iam trabalhar na cidade, mas deixavam a esposa, às vezes, filhos e sempre, os tamancos, na porta da casa, no campo, indicando sua ausência temporária.

Além do prefeito Prefeito, do presidente da Câmara Municipal, Sandoval (Doda) Pinheiro, e vereadores, a comitiva também foi recepcionada pelo empresário Sadao Nagata, integrante da Associação Embu-Hino, presidida por Paulo Nobuo Sugawara, que atuou como intérprete. A recepção na prefeitura foi feita pelo secretário de Governo, Paulo Giannini, e pelo vice-prefeito Natinha, além dos secretários Paulo Vicente (Educação), Valdir Babosa (Turismo) e Alan Ricardo Martins Leão (Cultura).

A visita às obras da cidade, como o complexo Pombas-Botucatu, foi coordenada por Geraldo (Gera) Juncal, chefe de Gabinete. Daniela Santos de Almeida Brito, presidente do Fundo Social de Solidariedade de Embu das Artes, acompanhou o prefeito Prefeito no jantar de confraternização.No Memorial Sakai, a comitiva foi recebida pela coordenadora Tônia do Embu. Na Acise, a comitiva foi recepcionada pelo presidente Hillmann Albrecht, empresários da Sansuy e Kanaflex.

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