O prefeito de Embu das Artes, Prefeito, recebeu mais uma vez uma parte da comissão de moradores para tratar da readequação do sistema de saúde da cidade, dessa vez, com a presença dos vereadores, que reafirmaram o apoio ao Hospital Leito. A reunião ocorreu sexta-feira, 12/2.
Mesmo após terem sido recebidos no gabinete no dia 28/1 (relembre aqui), a comissão apresentou as reivindicações contra a transformação do Pronto-Socorro do Vazame em Hospital Leito, durante a primeira sessão do ano na Câmara de Vereadores de Embu das Artes, no dia 10 de fevereiro.
Frente aos mesmos argumentos apresentados na reunião anterior, Prefeito manteve sua decisão e afirmou que não fugirá aos compromissos assumidos: “Eu não fiz a reorganização da rede municipal de saúde no escuro, dialoguei com vereadores e com o conselho municipal de saúde, instituições que tem legitimidade para opinar. O compromisso que eu assumi com o povo eu vou cumprir, o cara que chegar mal ao Hospital Leito, será estabilizado e transferido pelo SAMU. Agora, mais do que isso eu não posso. Não vou fazer discurso eleitoreiro, é a realidade que eu tenho aqui, em janeiro arrecadamos R$ 6 milhões a menos, em relação ao mesmo período do ano anterior”.
Os vereadores João Leite, Clidão do Táxi, Luiz Calderoni e Ney Santos também se mostraram favoráveis a decisão e rebateram boatos que andam sendo disseminados pela cidade:
“Houve algumas situações colocando que os vereadores pediram para fechar o Pronto-Socorro e isso não é verdade. A reestruturação da rede de Saúde não foi uma coisa feita de um dia para o outro, nós estávamos cientes, foi conversado e comunicado. O movimento pela reabertura é legítimo, mas para isso é preciso de dinheiro aqui, a falta de recursos é evidente. É preciso ver a situação do País e do município”, disse o vereador Clidão do Táxi.
“O prefeito não seria louco de fechar um pronto-socorro no fim de mandato porque quer fechar. Foi um corte na carne, não havia outra opção. Discutimos isso mais de uma vez, tentamos levar a informação para a população da melhor maneira, a gente não tinha alternativa”, disse Ney Santos.
“Toda reivindicação é justa, mas a gente tem que ir para a realidade, claro que você tira um equipamento de um lugar para o outro alguém vai reclamar. A questão do leito é muito importante para a nossa cidade, a gente sabe da dificuldade em conseguir vagas de internação. É claro que tem o que melhorar, mas você vai estruturar os equipamentos conforme você vai recebendo recursos, não adianta ter a ilusão de que a gente vai resolver todos os problemas da Saúde de uma unica vez”, declarou o vereador João Leite.
Entre os membros da comissão estavam Geraldo Lima, o ex-prefeito Nivaldo Orlandi, prof. Toninho e João Mineiro.
UPA e Hospital Leito atendem mais de 13.600 pessoas em um mês
2015 foi um ano significativo na reorganização do sistema de saúde de Embu das Artes. Em dezembro, a cidade ganhou dois importantes equipamentos para a garantia da saúde da população – a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zilda Arns, no Jardim Santo Eduardo, e o Hospital Leito, no Jd. Vazame.
No primeiro mês de atendimento a UPA Zilda Arns registrou cerca de 13.500 atendimentos, uma média de 420 pacientes por dia. Desses 90% são cidadãos embuenses, percentual semelhante ao registrado no antigo Pronto-Socorro do Vazame, comprovando a aderência da população ao novo equipamento.
No mesmo período o Hospital Leito registrou 130 internações, atingindo sua capacidade máxima de ocupação somente uma vez e mantendo a taxa de 65% de leitos ocupados, com uma média de 4,72 dias de permanência por paciente, indicadores de qualidade segundo o Ministério da Saúde.
Além das internações, o Hospital Leito está preparado e conta com ambulância 24h para o atendimento de casos graves de urgência e emergência, onde a pessoa corre risco de morte. Até o momento foram registrados o acolhimento, estabilização e transferência de 40 pessoas nessa situação, sendo que quase 80% dos casos ocorreram nos primeiros dois dias de funcionamento do Hospital, quando a população ainda não estava totalmente familiarizada com a transformação do equipamento, e a existência da UPA.
Veja os depoimentos:
“Foi surpreendente pra gente ver a mudança no atendimento agora que virou Hospital Leito, a comodidade e a velocidade do atendimento muito maior, a segurança para transitar aqui dentro, pra gente foi uma surpresa positiva. Melhorou bastante, está realmente com cara de Hospital, as mudanças que foram feitas aqui são favoráveis para a população, estão de parabéns”, Claudemir Soares Neves, morador do Jardim Santa Tereza, no dia em que o pai Antonio Oliveira (72), recebeu alta após período de internação, por conta de doença Chagas, no Hospital Leito.
“Fui muito bem atendido, aqui pra mim é como uma casa, minha morada.Eu tenho mais é que agradecer a todos os funcionários daqui, aqui é maravilhoso, eu provo isso, muito obrigado pra vocês”, Antonio Oliveira Soares (72), passou 6 dias internado no Hospital Leito por conta da doença de Chagas.