2º Encontro da APA Embu Verde busca equilíbrio ambiental

12/11/2010 - 0:00
2º  Encontro da APA Embu Verde busca equilíbrio ambiental
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Preservar os recursos naturais para se desenvolver de forma equilibrada e sustentável é o que defendem o poder público municipal e a sociedade civil organizada por meio da Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde.

O 2º Encontro de Sensibilização e Informação sobre a APA realizado na manhã fria e chuvosa do sábado, 6/11, reuniu no Parque do Lago Francisco Rizzo cerca de 250 pessoas interessadas em debater e compreender melhor a questão ambiental com foco local. Cobrindo de verde 15,7 km² dos 70 km² de Embu, a APA criada por lei em 2008 localiza-se na bacia do rio Cotia.

Na abertura, representantes do Governo de Embu das Artes, da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (Seae), do Conselho Gestor da APA Embu Verde, estudantes e acadêmicos da USP e da Unicamp deram o tom do encontro. Participaram da mesa os secretários de Meio Ambiente, João Ramos, e de Turismo, Valdir Barbosa; Denise Batti, professora-doutora do Instituto de Geociências da USP; Leandro Dolenc, presidente da Seae, e a professora da Faculdade de Educação da USP Isabel Franco.

“Discutir APA é discutir desenvolvimento, porque a natureza já nos presenteou com a outra parte, a beleza e os próprios recursos naturais. A parte que nos cabe é a preservação”, observou João Ramos, representando o prefeito Prefeito.

A possível compensação econômica aos municípios fornecedores de água para a Grande São Paulo foi um dos assuntos analisados. Para o secretário de Turismo de Embu, deve haver uma contrapartida a essas cidades e a discussão é de âmbito regional e estadual.

A riqueza e a diversidade da APA e a importância de serem preservadas não só as grandes reservas, mas também as pequenas áreas verdes remanescentes nos trechos já urbanizados foram aspectos abordados pelo biólogo e consultor ambiental Rodrigo Polizel. “Tendemos a valorizar mais as florestas e nem tanto as matas, o cerrado”, explicou o mestrando da Unicamp. Polizel lembrou que “em educação ambiental pensa-se globalmente, mas se age localmente e nesse sentido a APA é um exemplo ímpar”.

Os participantes que dedicaram o dia ao encontro produziram um documento para ser entregue à Câmara Municipal. “Faremos um diagnóstico sério e técnico para documentar e legitimar a preservação da APA. Vamos capacitar a sociedade civil para ir à Câmara, defender sua opinião e deixar de ser massa de manobra”, disse Isabel Franco. Ela defende que os vereadores acompanhem as ações do movimento da APA para que possam reforçar as políticas de proteção ambiental em toda a cidade.

Curso aberto da APA

Para que a população de Embu conheça, valorize o potencial econômico e proteja a APA Embu Verde, um curso será ministrado ao longo de 2011 por educadores e pesquisadores da área ambiental.

Ligada ao Teia-USP (Laboratório de Educação Ambiental) e antiga moradora de Embu, Isabel Franco ressaltou que o espaço de formação e sensibilização sobre a APA não se restringirá às comunidades residentes na área e no seu entorno. Segundo a professora, até fevereiro uma equipe de educadores fará reuniões com professores em espaços de formação nas escolas de todo o município. O intuito é fazer com que a população circule e conheça a APA. As vagas são limitadas a 120 pessoas. As inscrições poderão ser feitas on-line a partir de dezembro neste site ou diretamente na Seae.

O curso integra o Projeto Diagnóstico Socioambiental da APA Embu Verde: Educação Ambiental para a Sustentabilidade na Bacia do Rio Cotia. Realizado com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), é uma parceria do governo de Embu com a Seae.

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