No último dia 15 de maio, a Companhia Pública Municipal Pro-Habitação realizou a Audiência Pública para discutir com a sociedade a proposta do Plano Municipal de Gerenciamento de Risco. Com a iniciativa, a Prefeitura de Embu espera minimizar os problemas enfrentados pela população do município que reside em encostas e margens de rios e córregos.
Participaram do evento o diretor-presidente da Pro-Habitação, Geraldo Juncal Júnior; o secretário de Serviços Urbanos e Limpeza Pública, Milton Oliveira; o secretário de Cidadania e Assistência Social, Francisco Brito; o secretário de Obras e Edificações, Helton Rodrigues; a presidente da Câmara Municipal de Embu, Maria das Graças; e o vereador Professor Silvino, além de representantes de entidades ligadas à questão da habitação popular.
Todas as autoridades presentes destacaram a importância das políticas públicas adotadas pela atual administração para a habitação. "Hoje, o poder público municipal tem marcado presença em todos os bairros do município e a Pro-Habitação consolida-se como um importante instrumento para realizar intervenções pontuais que contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população, seja através de construção de moradias ou promovendo recuperação de áreas precárias", disse o secretário Francisco Brito.
"O governo Prefeito teve a coragem de tirar a venda dos olhos e fazer um levantamento de todas as áreas onde existem problemas, não apenas para saber o que pode acontecer em caso de muita chuva e rezar para que nada de mais grave ocorra, mas sim para combater as situações de risco e impedir que vidas sejam perdidas", destacou o secretário Milton Oliveira.
"Existe uma ausência histórica de políticas habitacionais para a população de baixa renda em Embu. Ninguém mora em área de risco porque quer, mas sim pela falta de opções. Nossa cidade está entre os 100 municípios com maior incidência de risco e não podemos deixar todas essas pessoas na mão", afirmou Geraldo Juncal Júnior ao fazer um relato sobre todas as ações empreendidas pela Pro-Habitação desde 2001.
Após os discursos iniciais, o geólogo Fernando Nogueira, responsável pelo mapeamento das áreas de risco no município, fez uma exposição detalhada sobre a situação encontrada no município, onde foram levantadas 30 regiões em condições precárias em 22 bairros da cidade, atingindo 1735 construções.
De acordo com Fernando Nogueira, em todas as áreas de risco é necessária a implantação de uma rede de drenagem superficial para disciplinar a vazão das águas provenientes das chuvas, ação que por si só já diminuiria bastante a ocorrência de acidentes.
O estudo também levantou a necessidade de implantação de rede de coleta de esgoto em quase todas as áreas de risco do município. "Conhecendo o problema, a administração municipal tem como planejar as ações necessárias diminuir a ocorrência de acidentes causados pelas fortes chuvas que castigam periodicamente a região", concluiu Fernando Nogueira.
Após a exposição da situação encontrada no município, o geólogo da Defesa Civil Municipal de Embu, Paulo Brandão, apresentou as ações que a Prefeitura de Embu já está desenvolvendo para minimizar os problemas nas áreas de risco, como a criação de 10 Núcleos de Defesa Civil (Nudec), que dará capacitação para os moradores dessa região, enfrentando o problema com trabalhos de prevenção em parceria com a sociedade.