Baleia, lula e arraia gigantes estimulam o aprendizado das crianças da rede pública de ensino

24/05/2007 - 0:00
Baleia, lula e arraia gigantes estimulam o aprendizado das crianças da rede pública de ensino
Acessibilidade

Alunos do 4º ano do ensino fundamental de Embu tiveram um dia diferente. A Baixada Santista serviu como sala de aula para que as crianças pudessem comparar os ecossistemas da cidade e do litoral através de pesquisas científicas. Para fechar os estudos com chave de ouro, no final das expedições que compreenderam visitas ao Museu da Pesca, Aquário de Santos, Serra do Mar, Parque Cotia-Pará e Orquidário, todos descarregaram as energias nas águas de Itararé, em São Vicente, Litoral Sul de São Paulo. As viagens fazem parte do Embu na Onda do Mar, programa da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e do Instituto Ciência Hoje, que já beneficiou mais de 10 mil alunos desde 2003.

Mesmo eufóricos para conhecer o Museu da Pesca, os alunos se organizaram em grupos para montar um quadrante e fazer o levantamento de todas as espécies vivas e não vivas do solo, ler a temperatura e medir a direção. Como instrumentos, utilizaram um kit científico contendo bússola, lupa, termômetro, algodão, palitos de churrasco, barbante, caneta, lápis e giz de cera. Após a atividade, os estudantes produziram um relatório que será apresentado e discutido com o professor em sala de aula.

Baleia, lula e arraias gigantes, coleção de cochas e areia de todo o Brasil, maquetes de embarcações, aves marinhas, tubarões taxidermizados e até uma sala que simula a cabine de um capitão. Estas foram algumas das atrações do Museu da Pesca que deixaram os alunos de boca aberta: "Quantos anos vive uma tartaruga?", "Qual é o tamanho máximo de um polvo?", "O siri é diferente do caranguejo?". Uma avalanche de perguntas eram feitas assim que entravam em cada espaço.

Gean Carlos Rodrigues Diniz, de 9 anos, aluno da Escola Municipal Marajoara, adorou o passeio: "Nós estamos aprendendo mais sobre os animais aquáticos e o seu habitat". Ainda entusiasmado com uma sala repleta de tubarões empalhados, Gean declarou que os bichos são incríveis mergulhadores e que não fazem mal ao ser humano, desde que o seu espaço seja respeitado. Mateus Henrique Luiz, de 10 anos, também aluno da mesma escola, ficou impressionado com o tamanho da boca da baleia: "Eu nunca vi uma baleia deste tamanho", referindo-se a ossada suspensa de 23 metros de comprimento. Mesmo se divertindo muito, ambos não escondiam o desejo de conhecer o mar.

Após a visita monitorada que dura cerca de 1 hora e meia, uma pausa para o lanche antes de todas as turmas se encontrarem no destino mais aguardado: a praia. As crianças descem dos ônibus já com traje de banho e afoitas para entrarem na água, mas antes ouvem atentamente as recomendações dos coordenadores e dos salvas-vidas. É chegado o tão esperado momento. Os alunos disparam em direção ao mar e se divertem com os colegas. A maioria nunca havia colocado os pés na areia. A diversão só termina duas horas depois num posto do Corpo de Bombeiros, onde a garotada toma banho de mangueira para tirar o sal do corpo antes de voltar para a casa. Ao final das expedições que prosseguem até 29 de junho, as crianças com auxílio de profissionais do Instituto irão relatar as experiências vividas num jornal, além de produzirem uma exposição.

----
Compartilhe nas redes sociais