Campanha de Vacinação Anti-Rábica 2005 será durante o mês de agosto

15/08/2005 - 0:00
Campanha de Vacinação Anti-Rábica 2005 será durante o mês de agosto
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No mês de agosto, a Divisão de Zoonoses da Secretaria de Saúde do Município de Embu realizará sua Campanha anual de Vacinação Anti-rábica em cães e gatos. Todos os cães e gatos com idade superior a 02 (dois) meses de idade devem ser vacinados. Em 2004, foram vacinados no Município de Embu mais de 30.000 (trinta mil) animais. Este ano, a meta do Setor de Zoonoses é aumentar este número em pelo menos 10% (dez por cento). Não haverá distribuição de vacinas para levar para casa.

Devemos lembrar que em dezembro de 2003 o município vizinho de Cotia diagnosticou um caso de raiva em gato e outro em morcego. E, normalmente, proprietários de gatos não estão muito atentos à necessidade de vacinar esta espécie de animal.

A Campanha de Vacinação contra a Raiva  2005 será realizada no período de 01/08 à 02/09. Serão montados 55 (cinqüenta e cinco) postos de vacinação. O cronograma já está disponível e, para consultar o dia de vacinação em seu bairro, ligue para 0800.77.300.05  /  4785.3540 / 4785.3543 / 4781.1090 ramal 21. Lembramos ainda que durante o ano inteiro é realizada a vacinação contra a raiva em cães e gatos no posto permanente localizado à Rua do Virgílio, 100 (Almoxarifado Central da Prefeitura).

O que é a Raiva e quem transmite
A Raiva é uma doença que ocorre nos mamíferos (cães, gatos, bois, cavalos, ovelhas, cabritos, morcegos etc.) e que pode ser transmitida aos homens sendo mortal, pois afeta o sistema nervoso. A transmissão ocorre quando o vírus causador da raiva, que está presente na saliva do animal infectado, penetra no organismo do homem por meio de mordedura ou  lambedura.

No Brasil, o principal animal transmissor da raiva ao homem é o cão. Mas, segundo a Fundação Nacional de Saúde o morcego é a segunda espécie que transmite a raiva para os humanos. O morcego é o único mamífero que pode voar e, assim sai à procura de alimentos ao entardecer e à noite. Normalmente estão associados a símbolos de terror, mistério e crenças, mas possuem um  importante papel na natureza: dispersando sementes, polinizando flores e controlando insetos.

Existem os morcegos que se alimentam de sangue, mas nas cidades os morcegos mais comuns são aqueles que se alimentam de insetos e plantas, isto devido à grande oferta de alimento e abrigo (edificações sem conservações e com falhas de construção criando ("Cavernas artificiais"). Todas as espécies de morcegos podem transmitir a raiva, sendo assim, nunca devemos tentar capturá-los. Lembre-se que morcegos com alterações de hábitos e comportamento, tais como, voar durante o dia e encontrados paralisados e/ou doentes, nunca devem ser manipulados. Neste caso, a divisão de Zoonoses – Secretaria de Saúde deve ser imediatamente avisada para que este animal seja encaminhado para exame laboratorial. Tem-se notícias de gatos que transmitiram raiva aos humanos pelo fato destes terem o hábito de caçar morcegos. Tendo em vista os morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue de bois, cavalos, ovelhas etc., serem transmissores da raiva para estes animais, é também recomendada a vacinação para os animais de produção.

Marcelo Monteiro, médico veterinário responsável pelo Setor de Zoonoses de Embu, diz que o ciclo da raiva em cães e gatos está controlado, mas hoje em dia o risco de contaminação pelo vírus da raiva vem dos morcegos, e estes podem entrar em contato com cães e gatos dando início a uma epidemia da doença.

No Brasil, no período de 1986 até 2004, foram registradas 703 (setecentos e três) mortes humanas por raiva. Só no ano de 2004 foram 30 (trinta) mortes. Desde junho de 2005 vem ocorrendo um surto de raiva humana no estado do Pará, onde já morreram 15 (quinze) pessoas.

Primeiros socorros
No caso de agressão por um animal, lave imediatamente o ferimento com água e sabão e procure com urgência um Posto de Saúde. Nunca mate o animal agressor, pois devemos deixá-lo em observação para que se possa identificar sinais indicativos de raiva.

Não se esqueça de vacinar cães, gatos, bois, cavalos, caprinos e ovinos todos os anos; não deixe animais soltos nas ruas; evite sempre o contato direto com qualquer morcego, esteja ele vivo ou morto. Sempre que necessário, procure orientação especializada.

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