CCZ grava documentário para campanha de combate à leishmaniose

06/05/2016 - 0:00
CCZ grava documentário para campanha de combate à leishmaniose
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O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de Embu das Artes deu uma entrevista para o vídeo documentário da Arca Brasil – entidade que promove o bem-estar e o respeito aos direitos dos animais – sobre a leishmaniose, doença que assola cães e animais silvestres e pode contaminar o ser humano.

O material gravado será utilizado na campanha da Arca, que propõe divulgar informações, conscientizar pessoas sobre a importância de adotar métodos preventivos e lutar por mudanças na legislação e nos protocolos seguidos pela classe veterinária na abordagem dessa moléstia, sempre no intuito de preservar vidas humanas e de animais.

Apesar do município não apresentar números alarmantes, sua presença deve ser considerada com atenção, pois a maioria das cidades da Grande São Paulo não registra casos. Embu das Artes teve 8 casos em 2015 e, neste ano, até agora, foram detectados 2.
 
A leishmaniose é transmitida pelo mosquito “palha” e os sintomas apresentados são emagrecimento, perda de apetite, vômito, alopecia (queda dos pelos), fraqueza, feridas no focinho orelhas e patas, lesões na pele, crescimento das unhas e aumento dos gânglios, baço e fígado.

Para combatê-lo, o CCZ realiza um trabalho educativo junto à comunidade para dissipar informações de prevenção da doença, como a eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor. Além disso, agentes do CCZ vão a campo para averiguar focos de leishmaniose e é sugerido aos donos de cães o uso de coleiras ou produtos repelentes do inseto.

Anualmente, o CCZ também faz uma campanha de conscientização. Monta um estande no Centro de Embu das Artes para passar informações aos munícipes, distribui panfletos sobre o tema, visita casas e reforça a orientação em locais onde foi detectado casos da doença.

As medidas de prevenção são manter quintais, estábulos e galinheiros limpos; não acumular resíduos sujeitos à decomposição como folhas, frutas, restos de troncos, árvores e fezes no chão; fiscalizar a saúde e higiene do animal; usar coleiras ou produtos antiparasitários e embalar o lixo em sacos plásticos.

“A educação é o meio mais eficaz, com o objetivo de multiplicar o conhecimento da leishmaniose para mais pessoas, pois há desinformação, despreocupação e desinteresse dos indivíduos em investir em produtos caros para os cães contra uma doença que pode contaminar os seres humanos”, explicou a gerente do CCZ municipal, Raquel Abambres.

Raquel falou que no cotidiano do CCZ constata-se, às vezes, que alguns donos perdem seu animal por causa da doença e, ao substituírem por outro, continuam não fazendo as corretas medidas de prevenção, expondo seu novo pet ao risco de contágio.

É mais comum surgir endemia em áreas afastadas como matas e chácaras, mas o desmatamento, adensamento populacional e urbanização são fatores de estímulo da sua proliferação. A curiosidade é que em Embu das Artes os locais onde são registrados os casos, não são encontrados os mosquitos “palha”, apesar das ações de pesquisa do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), o que se leva a considerar outros tipos de mosquitos que transmitem a doença.

Por que eutanásia?

Por enquanto, os animais portadores da leishmaniose, manifestando sintomas ou não, sofrem eutanásia porque esse procedimento é o único recurso para se evitar a transmissão para os humanos. Apesar da disponibilidade da medicação que inibe seus sintomas, não existe remédio veterinário para sua cura, mas a expectativa é de que possa haver daqui a alguns anos.

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