Embu das Artes realiza o maior carnaval de sua história

26/02/2009 - 0:00
Embu das Artes realiza o maior carnaval de sua história
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O grito de carnaval soou no Centro Cultural Mestre Assis do Embu na noite de sexta-feira, 20/2, quando o prefeito Prefeito entregou a chave de Embu das Artes à corte do carnaval, prenunciando aquela que seria a maior festa popular da história do município. Foram quatro dias de folia com desfiles de blocos locais e grandes shows divididos em dois palcos, no centro e na periferia. O Parque do Lago Francisco Rizzo substituiu a Praça da Lagoa como o novo local de eventos na região central. Acostumada a curtir o carnaval na praça, Karina Daiane de Oliveira, 20 anos, trouxe a filha Mariane de 1 ano ao parque e aprovou a mudança. “Estou gostando porque o espaço é maior, tem mais polícia e ambulância. Espero tudo de bom nesse carnaval, menos briga”, disse a moradora do centro. Residente do bairro Santo Amaro, zona sul de São Paulo, Dona Dalila, de 87 anos, também aprovou o novo local do evento e aproveitou para se divertir e descansar, além de conferir a filha desfilar no bloco Kambinda.

Há anos Tobias da Vai-Vai não cantava em Embu das Artes. Ele se recorda de vir à cidade acompanhado de Moisés da Rocha com o programa O samba pede passagem. Na noite do sábado, 21/2, o público do Jardim Santa Tereza teve a oportunidade de ver e ouvir o sambista, cujo show foi aberto pelos grupos Samba da Gente e Nova Razão. “Estou aqui para fazer alegria para mim e as crianças estão adorando”, afirmou Edna Ribeiro de Abreu, 33 anos, acompanhada dos filhos gêmeos Igor e Yasmin, de 3 anos, que a tudo observavam.

Centro comercial da periferia e um dos mais antigos e populosos bairros de Embu, o Santa Tereza recebeu Tobias com festa. O cantor retribuiu com uma grande apresentação. “Fico contente de poder trabalhar nesses centros da periferia. Me sinto bem, eu nasci na periferia e essa é uma forma de atender quem não tem possibilidade de pagar para assistir um show”, comentou.  Atual presidente da Vai-Vai, tradicional escola de samba do paulistano Bixiga, onde mora há 30 anos, Tobias nasceu Edimar Tobias da Silva na zona Norte da capital, no Jardim Peri.

Palavra Cantada e Demônios da Garoa

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Show do Jorge Ben Jor  

No domingo, 22/2, o Carnaval dos 50 anos de emancipação foi aberto pelas crianças, que vibraram com o show do Palavra Cantada, no Parque Rizzo. Ao buscar na internet o melhor programa de Carnaval para o filho Guilherme, Ana Maria, do Jardim Santo Eduardo, escolheu o Rizzo. “Achei tão boa a programação e ele gosta tanto do grupo que vim cedo para ele se divertir”, diz, enquanto o filho, de 6 anos, vestido de cigano, brinca sem parar, junto com a prima Carolina, 6, vestida de borboleta.

Enquanto as crianças, e também os pais se divertiam com o Palavra Cantada, o rei Momo Ivanildo dos Santos, o Negrão, a rainha Rosimeire Silva e as princesas Maiara dos Santos e Iara de Lima se preparavam para entrar na avenida. Eles conduziram todos os blocos – Zumaluma, Menino Arteiro, Unidos de Santa Tereza, Arte sem Fronteira, Kambinda, do Teatro Popular Solano Trindade, e o veterano Bloco do Barata –, revezando entre o Rizzo e o Santa Tereza.

Na segunda-feira, o Jardim Santa Tereza também mostrou sua animação no show dos Demônios da Garoa e desfile de blocos. Para Rita Maria de Jesus Pereira, de 74 anos, que estava acompanhada da filha Dilma Pereira da Silva, 41, professora, moradoras do Presidente Kennedy, o programa estava “ótimo”. “Nenhuma ocorrência, só folia”, avisa o inspetor Altair, da Guarda Civil Municipal de Embu.

A segunda-feira foi mais um dia de muita alegria no Parque Rizzo, com som eletrônico, samba e Carnaval.

Maria Regina Teixeira e Elke Muniz

Blocos carnavalescos e Jorge Ben Jor encerram Carnaval de Embu com chave de ouro

Milhares de pessoas reuniram-se no estacionamento do Parque do Lago Francisco Rizzo para curtir no Embu a terça-feira da maior festa popular do mundo. Alguns até improvisaram fantasias e mesmo quem não sabia dançar não conseguiu ficar parado ao assistir aos desfiles dos blocos.

O Menino Arteiro lembrou artistas que construiram a história da cidade e apresentou ao público a dança do café e do mineiro-pau. Já o Unidos do Santa Tereza trouxe para a apoteose um pequeno trio elétrico com a Corte do Carnaval. O destaque do Acadêmicos do Jardim Júlia ficou por conta do casal de mestre-sala e porta-bandeira, ovacionado durante toda apresentação, e da passista mirim, que deixou muitos de queixo caído. O bloco Kambinda, comandado por Raquel Trindade e sua família, encheu de brilho e história a avenida, com o enredo João Cândido e a revolta das chibatas. E fechando a apresentação dos blocos, o Arte sem Fronteira, que também homenageou artistas de Embu, fez todo mundo cantar o seu irreverente enredo (“Pra quem tem dinheiro nada mal/pra quem não tem é ovo cozido e espetinho de filé miau”).

O casal Severino Pedro Ferreira e Maria da Paixão Ferreira, do Jd. de Lourdes, aproveitou bastante a festa. “Não agüento mais sambar”, afirmou Maria.

Após as belíssimas apresentações, o grande ápice da noite ainda estava por vir. Jorge Ben Jor subiu ao palco debaixo de chuva – que serviu para refrescar a massa -, e em duas horas de show levou o público ao delírio com seus grandes sucessos.

Daniela Karin

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