O Governo da Cidade de Embu das Artes reuniu-se, dia 7/7, com a comunidade do Jardim Santo Eduardo, ou Dom José, ou Jardim da Luz ou Jardim Taima, onde tinham moradores da rua Vila Nova ou da rua Preciosa…., para resolver exatamente essa confusão. A cidade, formada por loteamentos transformados em bairros, há uma década foi dividida em microrregiões pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para realização do censo. Com isso, foi possível obter o número de habitantes, mas não um perfil mais preciso da cidade para a sua administração. Assim, as secretarias de Participação Cidadã, Desenvolvimento Urbano e Saúde realizaram estudo, com participação das comunidades, que será encaminhado ainda neste mês ao IBGE para o novo censo de 2010.
Depois do censo, que deverá tornar Embu uma cidade com 19 regiões e não mais 13, o governo de Prefeito terá condições reais para implementar programas de saúde, por exemplo, beneficiando igualmente todas as comunidades. Sabe-se que há bairros com Unidade Básica de Saúde (UBS) superlotada e outros com demanda muito menor para a capacidade da sua unidade. E, provavelmente, com o tempo quem sair em busca de um endereço em Embu não precisará mais recorrer à sábia indicação instituída pelos próprios moradores: ‘É o prédio que fica do lado da padaria, na rua da escola e perto da casa da dona Amélia…’ e assim por diante.
Lucília de Araújo Silva, 45 anos, aponta para um canto e diz: “Falam que ali naquele pedaço é Santo Eduardo, mas ali só tem umas 200 casas e isso não pode ser um bairro”. Já para Luciana Inês Mendes dos Santos, 12 anos, estudante da Escola Municipal Paulo Freire, sua rua tem dois nomes: “Aqui todo mundo confunde. Eu moro na rua Vila Nova, mas minha mãe fala Preciosa”. E qual é o bairro? “Não sei.”
A coordenadora de Geoprocessamento, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Maria de Fátima Silva Nicolay, comunicou aos participantes do encontro no Ginásio Dom José, que a prefeitura faz um estudo socioeconômico. “Vamos ter um diagnóstico da cidade, com renda, escolaridade, mortalidade da população, a avaliação de questões naturais, ruas, estradas, rios, morros, densidade e centros comerciais da cidade.” A coordenadora de Atenção Básica, da Secretaria de Saúde, Laudelina Maria Carneiro, declarou: “A Secretaria de Saúde, com o novo censo, vai saber os principais problemas de saúde de cada pedacinho do Embu, que como em todo o Brasil tem muitas desigualdes. Vai dar para melhorar acesso e atendimento nas UBSs.”
A proposta da prefeitura é buscar o equilíbrio recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, uma UBS para cada 20 mil habitantes. Hoje a UBS de Itatuba atende 10 mil, enquanto a do Jardim São Marcos, 42 mil pessoas. E com o censo e construção de mais uma unidade, anunciada pelo prefeito, será possível corrigir distorções como essa. O Serviço de Atendimento Domiciliar em Saúde (Sads), lançado nesta semana, também será beneficiado para cadastramento e atendimento às famílias.
Como tem ocorrido nos eventos da prefeitura, a população também recebeu informações sobre a Ouvidoria. A assessora jurídica Cláudia Simões Madeira informou sobre o serviço municipal, que atende o cidadão que reclama ou elogia o atendimento na cidade, incluindo o dos servidores municipais. O encontro foi conduzido por João (Casquinha) Rodrigues de Souza, coordenador do Orçamento Participativo (OP), da Secretaria de Participação Cidadã.