O sonho de uma casa mais digna levou duas centenas de pessoas à Escola Municipal Maria Josefina de Almeida Carvalho Azteca, no Jardim Taima, na noite de terça-feira, 7 de julho. Crianças, jovens, adultos e idosos lotaram o pátio do local para participar de mais uma reunião de trabalho com o Governo da Cidade de Embu das Artes, para tratar do projeto de recuperação urbana e ambiental do Complexo Pombas/Botucatu (que vai da região do Jardim Vazame até o Jardim Dom José). O encontro foi conduzido pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, Geraldo Juncal Júnior, que deu um posicionamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão acontecendo no bairro e apresentou a equipe técnica e social que vai acompanhar o projeto de perto.
O custo do projeto gira em torno de R$ 12 milhões de reais, sendo que R$ 1 milhão de reais é contrapartida da Prefeitura e o restante foi destinado pelo governo federal. Iniciadas neste ano, as obras envolvem canalização do córrego próximo à avenida das Pombas, reconstrução de moradias, rede elétrica, iluminação pública, implantação de rede de água, drenagem pluvial, coleta de esgoto, criação de áreas de lazer equipadas e regularização fundiária.
Das 2.100 famílias beneficiadas, 200 serão removidas para que os trabalhos sejam realizados. Todas elas vão receber o aluguel social, programa que oferece ajuda de R$ 150 reais para que os beneficiados pelo programa possam pagar suas despesas com moradia no período em que sua casa estará sendo construída – o prazo varia de quatro a seis meses. O processo de remoção dessas famílias leva cerca de 45 dias até que todas tenham onde ficar. As pessoas que não forem removidas também terão sua situação regularizada (água, esgoto, energia e documento de posse do imóvel).
Geraldo Juncal Júnior mostrou, em slides, a perspectiva do local e a planta dos apartamentos de 42 metros quadrados, com dois quartos, sala para dois ambientes, cozinha, banheiro e área de serviço. As unidades do térreo são destinadas aos idosos e podem ser adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida, como cadeirantes. Cada apartamento vai custar cerca de R$ 6 mil reais para os moradores, que poderão parcelar o valor de acordo com sua renda. Esse dinheiro será destinado ao Fundo de Moradia para garantir a contrapartida em obras para a população. “A parte fundamental desse projeto é que o trabalho social realizado garante que parte dos problemas da comunidade sejam melhorados por meio dos programas oferecidos pela prefeitura” – declarou o secretário que também anunciou que será formada uma comissão de acompanhamento das obras para que os moradores participem ativamente de todas as fases do projeto, apontando as necessidades coletivas e escolhendo até a cor do prédio. A previsão é que as obras sejam concluídas em 2011.
O presidente da Câmara Municipal de Embu, Silvino Bomfim de Oliveira, participou da reunião e destacou que o encontro só estava sendo possível graças ao presidente Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que estão destinando verbas para Embu. “Para cada um real que investimos em saneamento básico, nós poupamos cinco reais na área da saúde” – declarou ele, que comprometeu-se com a comunidade a fiscalizar as obras, assim como o vereador Luiz Carlos Caldeironi (Luiz do Depósito), que também prestigiou o encontro.