A Prefeitura da Estância Turística de Embu, por meio da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, está implantando novos projetos educacionais e inovando o currículo escolar através do curso Nossa História Afro-brasileira e investindo na qualidade social da Educação por meio das oficinas de Leituração. O primeiro, ministrado por Carlos Caçapava, percussionista, compositor, luthier (fabricante) de instrumentos musicais, professor de percussão e pesquisador de ritmos e instrumentos afro-brasileiros, visa reconstruir o imaginário dos educandos sobre a história do africano e do afro-descendente no desenvolvimento econômico, social e cultural do Brasil de um modo atraente, utilizando como recursos brinquedos e brincadeiras, danças, ritmos, cantos, lendas, contos, manuseio e a história dos instrumentos musicais da percurssão popular no Brasil.
Inicialmente, 120 educadores de treze escolas participam do programa que tem 6 meses de duração. Vale lembrar que esta temática está prevista na Lei federal n.º 10.639 de 09/01/2003, além de também ser uma das propostas do Plano Municipal de Igualdade de Gênero e Raça, formulado na cidade no ano passado. Após o encerramento do primeiro módulo do curso, que culminará no encerramento da Semana da Consciência Negra deste ano, os professores terão de elaborar um projeto para implantação em sala de aula supervisionados pelo formador. Todos os professores da rede já participaram do curso online do Governo Federal sobre o assunto.
A outra novidade são as oficinas de Leituração realizada em parceria com a ONG Plural Assessoria e Pesquisa em Educação e Cultura, mediante convênio com o MEC/FNDE e a prefeitura, que contratou artistas da cidade (Alexandra Contocani, Isadora Prates Dias, Carlos Caçapava e Vítor da Trindade) para dar formação aos monitores e professores que atendem crianças do ensino fundamental. O principal objetivo desta iniciativa é contribuir com a construção de uma proposta multidimensional e inclusiva que garanta a motivação dos alunos para aprender, reduzindo, assim, os índices de repetência e evasão escolar daqueles que apresentam dificuldade na aprendizagem. O programa, que pretende atender 800 alunos de nove escolas, será desenvolvido por meio de oficinas pedagógicas, proporcionando leitura de diversos gêneros literários, textos teóricos, troca de experiências e vivências de práticas pedagógicas com linguagens da Arte, que inclui, além da leitura, música teatro, dança e artes visuais. Por tratar-se de uma ação complementar, o curso será ministrado no período inverso ao horário de aula.
