Na segunda-feira (31/3), o prefeito Prefeito retomou a discussão do projeto de canalização do córrego Pirajuçara, com a entrega do “protocolo de intenções” e solicitação do “cronograma” de início das obras ao secretário estadual de Habitação, Silvio Torres, durante reunião na sede da entidade com demais autoridades, em São Paulo.
Esse protocolo descreve as responsabilidades que cabem a cada ente público envolvido – Sabesp, Sec. de Habitação, DAEE e prefeituras – e um Grupo de Trabalho formado pela comunidade irá acompanhar o andamento do projeto.
Além do saneamento e canalização, uma solução habitacional deverá beneficiar 2.000 famílias em situação de risco e expostas a enchentes na beira do córrego.
A Secretaria Estadual de Habitação, por meio da CDHU, desapropriou um terreno de 60 mil m² no Jd. Santo Eduardo (através da Caixa Econômica Federal) para atender quase metade delas. Serão 900 habitações financiadas pelo “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, e “Casa Paulista” do Governo Estadual.
Para contemplar as mais de 1.000 famílias restantes, uma outra área deverá ser adquirida, com moradias viabilizadas pelos programas habitacionais. “Ninguém ficará sem solução”, afirmou Prefeito.
Mas para o início da obra, a população de lá precisa ser deslocada para outros locais, com recebimento de aluguel social até a conclusão das moradias.
“Já está tudo amarrado, o que precisamos acertar agora é o cronograma do projeto”, disse o prefeito.
Segundo Silvio Torres, assim que estiver definido, o cronograma deverá ser apresentado aos órgãos envolvidos e à população muito em breve.
Do encontro participaram o superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Alceu Segamarchi Jr., e o superintendente da Sabesp, Roberval Tavares de Souza.
O projeto
O valor de R$ 80 milhões do PAC já está garantido, e desse total, R$ 50 milhões serão destinados para saneamento e canalização. A Sabesp já assinou convênio com o Governo Federal e, junto com o DAEE, já iniciou os trabalhos do trecho 1 (Taboão da Serra) e fará obras nos trechos 2 e 3 (Embu das Artes e São Paulo).
Espera-se uma solução para o trecho 4, não previsto antes. Prefeito e o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Geraldo Juncal, apontaram a necessidade de estender a canalização a esse trecho que vai até a nascente do córrego Pirajuçara (rua Andorinha dos Beirais), com cerca de 1,5 km de extensão.
Dos outros R$ 30 milhões, parte poderia ser direcionada para provimento do aluguel social das famílias retiradas, até que se conclua a construção das unidades habitacionais para acolhimento delas.
Parque linear
Após conclusão do projeto de canalização, o governo municipal ainda estuda a criação de um parque linear de 5km sobre o local, com ciclovia, pista de caminhada, paisagismo e iluminação, que poderá abranger Embu das Artes, Taboão da Serra e São Paulo.