Embu das Artes celebrou na sexta-feira (24/3) a assinatura do primeiro contrato do Programa Crédito Solidário da região metropolitana de São Paulo. Iniciativa da Caixa Econômica Federal (CEF), o programa tem recursos da ordem de R$ 3,2 milhões do Ministério das Cidades e apoio da Prefeitura de Embu, por meio da Companhia Pública Municipal ProHabitação. A cerimônia aconteceu no auditório da Prefeitura, com a presença da 140 famílias selecionadas pelos movimentos de moradia do Sindicoop – Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Químicos e da Associação Vila das Artes.
"Quero destacar a seriedade com que esse governo tem tratado nossa população carente de Embu", afirmou Carlos Gomes, presidente do Sindicoop, após realçar a escolha de Geraldo Juncal Junior para presidir a ProHabitação, "que tem feito um trabalho importantíssimo para a população mais pobre do município". Com sua roupa "histórica" "calça branca e camisa vermelha, "para dar sorte" " Manuel Vicente dos Santos, o Manelão, ressaltou o papel da Prefeitura de Embu no apoiamento dos movimentos populares. "Se esse contrato está saindo é 100% mérito do prefeito Prefeito e sua equipe", falou.
Emocionado, Prefeito disse que estava feliz com a concretização de mais um sonho. "Sei que o que estamos fazendo ainda é pouco, mas para a capacidade da Prefeitura é o máximo e isso só está sendo possível pela inversão que o presidente Lula realizou na condução da política de habitação da CEF, que hoje está realmente atendendo a faixa mais carente da população". Fala reforçada pelos números apresentados por Paulo Galli, representante do setor de Desenvolvimento Urbano da CEF: "2005 foi um ano especial para a Caixa porque batemos o recorde de contratação de créditos para habitações populares, num total de R$ 9 bilhões, e a nossa meta para 2006 será atingir o financiamento de R$ 10,6 bilhões. É o governo Federal, o poder local e os movimentos sociais promovendo habitação de qualidade e digna para a população", frisou.
Com projeto arquitetônico que alia qualidade, beleza e custos menores, as moradias em sobrados de 51 metros quadrados serão construídas em processo de mutirão, no Jardim Casa Branca, sob supervisão de uma assessoria técnica e acompanhamento da Prefeitura. Cada morador assinou uma carta de crédito no valor de R$ 23.489 com a Caixa Econômica Federal. "A casa é bonita, não aquela coisa feia do CDHU", acrescentou Carlos Gomes, lembrando que "é a primeira vez que uma família que ganha R$ 600 pode ter uma habitação digna e bonita".
O principal critério para a seleção das famílias foi a renda familiar, no caso entre um e três salários mínimos. A indicação da demanda foi dos movimentos populares, com orientação da Prefeitura para que priorizassem o atendimento de familias que moram ou trabalham no município, o que realmente aconteceu. Embu teve beneficiadas 93 famílias, ou 67% da demanda, 20 delas cadastradas na ProHabitação; enquanto Itapecerica da Serra ficou com cinco famílias (3%); Taboão da Serra, com 11 (8%) e São Paulo com 31 famílias (22%).
Além da superintendente do Escritório Regional de Negócios da CEF, Anália Miguel da Silva, estiveram presente à cerimônia, o vice-prefeito, Roberto Terassi; a presidente da Câmara Municipal, Maria das Graças; e os vereadores Silvino, Natinha, Nelson da Padaria, Clidão do Taxi, Gilvan da Saúde, Manoel Raymundo e Pastor Edgardo, entre secretários municipais e outras autoridades.
