Saúde e Educação desenvolvem programas sobre sexualidade

20/07/2005 - 0:00
Saúde e Educação desenvolvem programas sobre sexualidade
Acessibilidade

Depois do trabalho com os alunos da rede pública de ensino, iniciado em 2003 com o projeto Hip Hop x AIDS, o Programa DST/AIDS, da Secretaria Municipal de Saúde de Embu, está concluindo a primeira etapa de sensibilização e capacitação de professores e funcionários de escolas que atuam no município sobre o tema. Até o final do ano, serão atendidos cerca de 1.531 profissionais da educação, dos quais 300 são de escolas estaduais. A ação faz parte do Programa Escola Promotora de Saúde que abrange 108 estabelecimentos (municipais, estaduais e conveniados) e mais de 65 mil crianças e adolescentes, da Educação Infantil ao Ensino Médio. 

O trabalho da equipe multidisciplinar, coordenada pelo médico Wolff Rothstein, composta por psicólogos e arte-educadores, é promover oficinas sobre Sexualidade Humana para os profissionais de Educação, em conjunto com Saúde Mental, DST/AIDS, Saúde da Criança, do Adolescente e da Mulher e parceria com a Secretaria Municipal da Educação. Questionários respondidos por 1.486 alunos do município apontam a situação de risco para crianças e adolescente: na precocidade da iniciação sexual; nas relações sexuais desprotegidas (18,91% dos alunos declararam não utilizar preservativos e 38,29% não responderam essa questão); 26% das grávidas são adolescentes, além das crenças e preconceitos que ampliam o risco às DST/AIDS.

Realizadas em três etapas, a primeira oficina tem o objetivo de conhecer o que os educadores sabem sobre o assunto e fazer a apresentação do projeto, inclusive com a distribuição das revistas que servem de subsídio ao debate – Conversando e descobrindo: a criança e sexualidade e Discutindo sexualidade no Embu das Artes, material elogiado pelo Ministério da Saúde e que será distribuído para todos os alunos. Na segunda etapa, é feito o aprofundamento dos temas e, na terceira, cada grupo apresentará um projeto a ser desenvolvido em sua escola, envolvendo os alunos e seus pais. No dia 28 de junho, a oficina aconteceu com profissionais da E.M. Villa Lobos, no Jardim Batista, e da E.M. Antonia Augusta Delphina Moraes, do Jardim Santo Eduardo

A idéia é promover a saúde, positivando a vida e a diversidade entre os seres humanos. É construir uma nova forma de abordagem do tema sexualidade com os professores, alunos e pais, respeitando as diferenças culturais, de gênero, cor, religião e valorizando as relações de confiança, segurança, firmeza e equilíbrio. A escola, na verdade, é o ambiente ideal para a discussão destes e outros temas como sexualidade e drogas, gravidez não planejada na adolescência, sexo e religiosidade e a relação sexo, morte e violência.

Para a professora Rosimary Mendes de Matos, Secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, todos que trabalham na escola são educadores, portanto, responsáveis pelo acolhimento nas unidades e divulgação das informações à comunidade. "Por isso, nossa orientação é garantir, nos diversos momentos de formação, que todos os segmentos participem e façam chegar às famílias as informações e vivências", esclarece a Secretária, justificando a participação nas oficinas de professores, coordenadores pedagógicos, inspetores de alunos, até o pessoal administrativo.

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